SEJAM BEM VINDOS

EU, TONHÃO MOURA, ESPERO QUE ESSE BLOG POSSA TIRAR SUAS DUVIDAS E MATAR CURIOSIDADES SOBRE O FANTÁSTICO MUNDO DO CARNAVAL. NOSSAS MATÉRIAS SÃO COLHIDAS DOS MELHORES SITES DA INTERNET.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Portela já tem enredo para 2011



Em um almoço de confraternização entre os segmentos da escola, o presidente Nilo Figueiredo anunciou o enredo para o carnaval 2011 da Portela. Visando a comemoração dos 110 anos de nascimento do fundador Paulo Benjamim de Oliveira, o Paulo da Portela, a escola desenvolverá a história da Azul e Branca de Madureira e Oswaldo Cruz.
Ainda sem título, o tema será discutido por uma comissão em futuras reuniões e em seguida será desenvolvido pelo carnavalesco Roberto Szaniecki.

domingo, 27 de junho de 2010

Paraíso do Tuiuti
Tuiuti 2006 acesso B.jpg
Paraíso do Tuiuti
Fundação 5 de abril de 1954 (56 anos)
Escola-madrinha Mangueira
Cores Azul-escuro e amarelo
Símbolo Coroa
Bairro São Cristóvão
Presidente Renato Ribeiro Marins (Thor)
Carnavalesco Eduardo Gonçalves
Intérprete oficial A definir
Diretor de carnaval Pingo
Diretor de harmonia Robson de Sant Anna
Diretor de bateria Mestre Jeferson
Rainha da bateria Juliana Clara
Mestre-sala e porta-bandeira Zé Roberto e Taís
Coreógrafo Renata Monnier
Desfile de 2011

Caetano Veloso é o enredo da Paraíso do Tuiuti



Após homenagear nomes da música popular brasileira como Vinicius de Moraes e Cartola, a Paraíso do Tuiuti levará para a Marquês de Sapucaí em 2011 a vida e a obra de Caetano Veloso. A escola definirá nos próximos dias o título do enredo. A sinopse será entregue aos compositores em julho. O desenvolvimento do tema será do carnavalesco Eduardo Gonçalves, que renovou o contrato com a agremiação.
 Em 2011, a Paraíso do Tuiuti desfilará pelo Grupo de Acesso B na Marquês de Sapucaí.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

G.R.E.S. UNIDOS DA TIJUCA

Unidos da Tijuca
Rio2009-1.JPG
Unidos da Tijuca
Fundação 31 de dezembro de 1931 (78 anos)
Cores Azul e ouro
Símbolo Pavão
Bairro Santo Cristo [1]
Presidente Fernando Horta
Carnavalesco Paulo Barros
Intérprete oficial Bruno Ribas
Diretor de carnaval Ricardo Fernandes
Diretor de harmonia Fernando Costa
Diretor de bateria Mestre Casagrande
Rainha da bateria Adriane Galisteu
Mestre-sala e porta-bandeira Marquinhos e Giovanna
Coreógrafo Rodrigo Negri e Priscila Motta
Desfile de 2011
Enredo Esta noite levarei sua alma

ATENÇÃO COMPOSITORES: LEIAM A SINOPSE DA TIJUCA, CAMPEÃ DO CARNAVAL



ESTA NOITE LEVAREI SUA ALMA.

 Todas as noites vocês voltam. Arrastam-se até aqui, pagam, entram e, em pouco tempo, estão rezando para sair. Mas não há como desistir. Depois que embarcam, não têm mais forças para levantar antes de chegar ao final. Precisam saber como tudo vai terminar ou nunca mais encontrarão tranquilidade. Serão incapazes de permanecer sozinhos, tremerão a cada ruído, perderão os sentidos, vagando durante noites de pavor. Então, venham...
 Entreguem suas almas, descubram suas fraquezas, encontrem o fim. Todos têm o mesmo rosto: a boca trincada, os olhos de espanto, as mãos frias, o medo de atravessar. Retorcem seus corpos nos assentos, não conseguem se mexer, sair do lugar, enfrentam cada etapa. Querem o escuro e o silêncio. Estão imóveis, apavorados, indefesos. A expressão de horror acompanha o choro, o lamento, o grito, o grunhido, a explosão, o ruído, as máquinas de destruição. A ameaça pode assumir qualquer forma. Pode estar em qualquer lugar. Alguns virão para defendê-los. A maioria virá para destruí-los...
 E, através dos séculos, o desejo da conquista espalhará luta e sofrimento. E o mundo se dividirá entre os homens da guerra e os homens da paz. Algozes e vítimas. Senhores e escravos. Não importa onde: nas aldeias, nos campos, travam batalhas que derrubam corpos nas areias e pelas cidades; na Terra ou em outros planetas. Virão de todos os lugares. E vocês permanecem assim: assistindo a tudo, vendo cada cena e se emocionando. Segurando a espada e sentindo a dor do ferimento, a tristeza da perda, o temor do próximo ataque. De onde virá? Forças estranhas vêm do além, seres fantásticos atravessam o espaço devorando planetas. Nada sobrevive ao seu poder devastador.
 Vocês presenciam o inabalável ataque das trevas, sofrem com a tragédia da miséria humana, temem os espíritos furiosos, suportam o sofrimento da incerteza, a dor da mentira, a angústia do preconceito. Esperam por aqueles que serão capazes de combater as injustiças, transformar cordeiros em leões, caçar os fantasmas, conceber mirabolantes planos de fuga ou, simplesmente, exercitar o direito à liberdade, transcender limites, explodir fronteiras. Perseguir seus desejos a qualquer preço, em qualquer lugar. Mesmo que isso se torne uma obsessão por devorar suas vítimas. Transformar algozes mercenários em covardes, diante do temor de um reencontro. Ou defensores da vida, em vítimas da ganância de covardes. Destemidos? Sim, mas até quando...
 Talvez se vocês tivessem escolhido uma vida mais tranquila, no campo ou numa cidadezinha do interior... Será? Cada um colhe o que planta. E esse pode ser o começo do fim. Não adianta se esconder, ele vai te encontrar. E pode ser onde menos se espera. Nas brincadeiras divertidas da infância, na entrega ao riso fácil quando se desarmam as defesas. Na procura pelo segredo que jamais deveria ter sido revelado. Cuidado, lá se esconde o terror. Como se livrar dele?
 A maldição, para alguns, deve arder na fogueira. Para outros, é preciso punir o mal, enfrentando aqueles que causam tristeza, morte e dor. Não importa. Herege ou bruxo, demônio ou santo, quem encontrar a resposta poderá ser a próxima ameaça a ser controlada.
 Estão com medo... Por que ainda temem, se já embarcaram e não há mais nada a fazer? Já sentiram isso antes? Certamente, porque aqui estão. Então, prossigam... Vençam suas batalhas, enfrentem suas assombrações. Mas sem esquecer que elas voltam, sempre voltam... Por mais que vocês tentem se livrar, elas querem vingança e não desistirão. A maldição nunca será vencida, ela não termina, ressurge quando já não mais se acredita que possa existir. Vocês podem até se esconder e rezar. Mas não vão escapar. Quando a extinção termina, o desafio começa. Seres pré-históricos, violentos, abomináveis. Tenham medo, porque esse pode ser o último mergulho... Talvez eles sequer estejam vivos. Muito além da morte e da imaginação, haverá uma aventura que viverá por toda a eternidade. Sobrevivam a ela, se forem capazes. E, se não forem, peçam ajuda.
 Podem acreditar que estarei sempre ao lado, espreitando... Aguardando o momento em que, exaustos, vocês desistirão. E se entregarão, sem luta, à impossibilidade.
 Não sentem a brisa quente e o perfume delicioso dos frutos, só o calor sufocante? Desejam o descanso da longa travessia? Sofram, então, porque não é possível voltar. Esta viagem não tem retorno. Em pouco tempo, sentirão o peso dos grilhões, a dor da chibata, o sofrimento do exílio, o desejo pela liberdade.
 Mas o que está acontecendo aqui? Não me obedecem? Por que continuam a resistir, se não haverá um só homem de pé que possa testemunhar tanta bravura? Todos irão comigo e desaparecerão. Novos tormentos virão, crueldade, ignorância, estupidez. Não querem aceitar o domínio? Não desistem jamais? Lutam contra a opressão, querem voltar para casa? Caminham juntos, aos milhares, aonde irão? Não percebem que não adianta? Ninguém voltou jamais, acreditem! Que força é essa a que assisto sem nada poder fazer? Como trazê-los de volta ao pesadelo? Pareciam tão frágeis ao menor sinal de tempestade, e, no entanto, renascem! Afinal, o que os assusta realmente? Pareciam mortos de medo, incapazes de reagir e, agora... Como ousam? Me enganam e zombam de mim? Para onde estávamos indo? Não podemos mais voltar porque, enfim, chegamos. Aqui estamos. Esperavam por nós.
 E vocês se divertiam comigo esse tempo todo, não? Então, me enganavam? Mudavam sem que eu percebesse? Só agora entendi que me conduziam, faziam de mim personagem de um filme em que eu não poderia decidir o final. Nas telas ou na vida real, dominam a arte do começo sem fim. Recomeço. Aí estão, deixando para o futuro a ousadia de um passado sem medo. E, a cada ano, surgem novos personagens, novas histórias de lutas e glórias. De simplicidade e força. Porque têm a certeza de que o que está na outra margem é mais um motivo para eternizar a vida. A história de um povo de coragem, que possui o surpreendente poder de se reinventar. Fim?

Paulo Barros
Isabel Azevedo
Ana Paula Trindade
Simone Martins

terça-feira, 22 de junho de 2010

ESSE É O G.R.E.S. BEIJA-FLOR DE NILÓPOLIS.

Desfilebeijaflor.jpg
Beija-Flor de Nilópolis
Fundação 25 de dezembro de 1948 (61 anos)
Escola-madrinha Portela
Cores Azul-escuro e Branco
Símbolo Beija-flor
Bairro Centro de Nilópolis
Presidente Farid Abrahão David
Presidente de honra Anísio Abraão David
Comissão de carnaval Laíla
Fran-Sérgio
Ubiratan Silva
Alexandre Louzada
Victor Santos
Intérprete oficial Neguinho da Beija-Flor
Diretor de carnaval Laíla
Diretor de harmonia Laíla
Diretor de bateria Comissão de Bateria
Rainha da bateria Raíssa de Oliveira
Mestre-sala e porta-bandeira Claudinho
Selmynha Sorrizo
Coreógrafo Carlinhos de Jesus
Desfile de 2011
Enredo Roberto Carlos: Simplicidade de um Rei

confira a sinopse da beija-flor de nilópolis



Enredo: A Simplicidade de um Rei

 Me leva meu sonho em viagem, por uma estrada colorida, onde o tempo pede passagem e carrega, em sua bagagem, as lembranças que eu trago da vida.
 E lá vou eu, bem longe, além do horizonte, vivendo esse momento lindo, a reconstruir meu castelo de sonhos entre emoções, como quem chora sorrindo.
 Olha dentro dos meus olhos e vê quanta lembrança que na distância do tempo guardei. Ah! Como o tempo passa, é como se o trem que me trouxe, voltasse e dissipasse a fumaça, e eu então retornasse pras coisas que eu deixei.
 Meu pequeno Cachoeiro, essas terras entre as serras, doce terra onde eu nasci, te confesso, você é a saudade que eu gosto de ter, e que mora pra sempre em mim; é como sentir você bem perto, é como estar desperto pra ver tudo igual como era antes, que nada se modificou, e ouvir de novo as águas cantantes do meu Itapemirim.
 E é assim que o pensamento voa, vagueia assim, à toa, e até parece que eu voltei... Voltei a ser criança, a ser "Zunga" outra vez. Ah! Sentimento bem vindo... Vejo o meu cachorro me sorrir latindo, estou em frente ao portão, eu voltei, pra viver o sonho mais bonito que um dia alguém já sonhou, e sentir que o sol que atravessa essa estrada jamais se apagou.
 Me vejo menino, correndo aos braços de minha mãe, pro seu abraço, e no carinho e afago, me envolver num laço, e adormecer, como sempre eu fazia. Olhar meu pai, e seus cabelos brancos, seu rosto marcado, à disfarçar o cansaço com um sorriso franco das verdades da vida e ouvir as suas histórias, lições que me fizeram crescer e, do jeito simples à esconder as dificuldades, tentando encher minha vida de fantasia ao enfeitar as coisas que eu via.
 Ah! Quem dera... Poder fazer desse tempo, uma eterna primavera, desabrochar em flor pra sempre, o flamboyant no meu quintal, e deitar à sua sombra, e sentir aquela brisa mansa, que sopra enquanto lança o perfume do laranjal.
 Vai e vem na minha mente, esse vento do tempo, e traz as ondas do rádio que um dia me embalaram ao som de tangos e boleros, velhos tempos... Belos dias... Onde o meu sonho crescia nas cordas de um violão. Hoje relembro e refaço aquela despedida, nas lágrimas soltas na estação, a partir na promessa de uma volta, como todos que um dia se vão e assim, na lembrança, colar os cacos do meu coração, me redimir e repartir essa dor e a saudade, nos versos de uma canção.
 Assim, como naquele dia, eu me vejo, com aqueles olhos tristes, porém cheios de esperança, buscando encontrar à sorte, todas as coisas que um dia eu sonhei pra mim, e me deixo levar em ritmo de aventura, nas batidas do meu coração, igual a quando aqui cheguei, nesse Rio de Janeiro, no seu abraço aberto, hospitaleiro, na transviada inquietude daquela louca juventude, que andava na contra-mão.
 Até parece que foi ontem... Aquelas tardes de domingo, de guitarras eletrizantes, que ecoavam como o ronco barulhento dos carangos, incendiando a multidão; era um ritmo alucinante e quente, o rock in roll envolvente, uma brasa a aquecer meu coração... E eu que sempre fui tão inconstante, te juro, bicho, me rendi àquela paixão...
 E não adianta nem tentar esquecer, o que durante muito tempo em minha vida passou a viver... Eu me lembro com detalhes, a velha calça desbotada, a jaqueta encouraçada e a brilhantina no cabelo. Meu mundo girava no vinil da vitrola, vivia voando no meu carro, à 120 por hora, a velocidade andava junto a mim, e sem saber quando, nem pra onde, me levava ao espaço, como "Sputnik" pelo ar.
 Nas curvas e esquinas da vida, encontrei amigos, parceiros da mesma viagem, e seguimos juntos a mesma estrada, como bons companheiros, amigos de fé, irmãos camaradas, que eu não esqueço jamais. Aquele era o meu momento, nascia um novo tempo, agitando o mundo ao som do Iê Iê Iê, e com ele, um movimento: a Jovem Guarda, que assim, como do nada, me coroou o seu rei.

E eu então, me perguntava: - Que rei sou eu?

Que rei que nada... Eu sou terrível! Um lobo mau, um negro gato de arrepiar, talvez um gênio... Nem pensar! Basta ver os erros do meu português ruim...
 Avancei sinais, vivi em festas de arromba e, pra conquistar garotas, dispensei meu cadilac, me rendi à um calhambeque, fui o bom no Splish Splash dos beijos roubados no cinema, de garotas papo firme, namoradinhas dos amigos e dos brotos no portão... Foi quando me lembrei do passado, do romântico apaixonado que eu era, do meu velho violão, e da simplicidade de dizer 'Eu Te Amo' com a voz do coração.
 Assim então, assumi meu reinado e proclamei, como um brado à esquecer a tristeza e ter a certeza de que a felicidade um dia vem, que daqui pra frente, tudo vai ser diferente, e que eu quero que vá tudo... Tudo pra quem ama com ternura, tudo, pra tudo que se quer bem.
Eh!.. Esse mundo dá voltas... E, numa delas, lá ia eu e meu sonho viver, era uma força estranha, uma voz tamanha que me levava a cantar, a atravessar fronteiras, a romper barreiras, 'parlando' italiano a 'Canzone Per Te'; e foi assim, de mansinho, que San Remo todinho, viu e ouviu o amor vencer.
 Senti então, que esse amor fala uma só linguagem, e faz o sonho acontecer... E assim, contei histórias de romances, de amadas e amantes, o amor infinito, puro, sem medida, incontido; sentimento sem dia, sem hora ou lugar pra nascer, o que não sai de moda, é moderno, mesmo que seja à moda antiga, é eterno, um constante amanhecer.
 E assim, afaguei em meus versos, mil mulheres, enxergando a beleza de todas as formas e proporções, foram tantas, foram todas, tantas rimas, em tantas canções.
 Desvendei caminhos, procurei atalhos, como a abelha necessita de uma flor e na sede de amor, bebi das paixões desenfreadas, por metáforas descrevi o côncavo e o convexo, o sexo como cavalgada. Me vi em desalinho, a fazer ninho nos lençóis macios, a deixar marcas sem me importar com a desordem de tanto amar, entre os botões que se desatam e se abrem em braços que se abraçam e se enlaçam no céu do êxtase, mudando estrelas de lugar.
 E então, desse infinito universo de prazer, me abastecendo de brasilidade, viajei na verdade da vida do meu povo, de cada palmo desse chão; no dia-a-dia da cidade, na lida pra ganhar o pão.
 Fiz da canção a passageira no táxi das nossas ruas; no campo foi ela a companheira, tangendo em moda de viola, nas veredas desse sertão, e fui presente na saudade que roda e rola no coração disparado, no pára-choque estampado, todo dia nessa estrada, a contar horas de ansiedade na boleia de um caminhão.
 Fiz da minha voz, um grito de alerta à consciência dos seres humanos a zelar pela natureza, e usei a poesia em defesa do céu, da Terra e do mar; fiz chegar àqueles que estão surdos, a mensagem, que o progresso, às vezes absurdo, tantos males nos traz, e que é preciso saber viver, que a razão precisa entender enquanto há tempo e passar a seguir o exemplo: ser civilizado como os animais.
É meu irmão, nessa vida são idas e vindas que me levam na brisa do vento, no fluxo das marés em movimento, à algum lugar bonito e tranqüilo pra gente se amar, pois de que vale o paraíso sem amor?... E continua a viagem e mergulho livre num oceano de desejos, a singrar ondas de emoções, a flutuar num mar de rosas, como navegante dos sentimentos, comandante de tantos corações.
 E por fim, essa fé que me faz otimista demais, me fez subir a montanha, à dispor do alto, minha voz à voz de Deus, a fazer do meu cantar, uma oração para a humanidade, a descobrir no verbo, a sua essência e sua verdade, a tornar-me um instrumento mensageiro de paz e de boa vontade.
Não, eu não sou rei... Mas acho que me tornei amigo do Rei, o Rei dos reis, esse ser de luz, a claridade que faz com a sua simplicidade, a força que me conduz.
 São tantas emoções já vividas, detalhes de uma vida, histórias que eu contei aqui. E se hoje você me faz seu enredo, é talvez, a maior das emoções dessa minha vida, a qual, com palavras, não sei dizer, mas quero sim, abrir meus braços num abraço e em suas asas, Beija-Flor, me entregar e agradecer, e assim poder definir com singeleza, como é grande o meu amor por você!
 E se não há nada pra comparar, deixa o seu samba explicar, esse puro sentimento, que só o coração pode falar. Agora eu sei o que é ter um milhão de amigos e bem mais forte poder cantar...
Canta Beija-Flor! Pois seu canto acenderá ainda mais essa chama, essa aura azul e branca que te encanta, que te dá força, fé e esperança, que ilumina o sorriso de suas crianças, anjos de guarda da sua herança, essa luz que cobre como um manto essas "nossas senhoras", Marias, mães baianas do samba.
Que os céus as abençoem, e que derramem por todo o seu povo essa luz que do amor emana e inflama o mundo através da nação nilopolitana, uma luz divina e que assim se traduz: Uma luz que nos une e se funde numa só luz, que nos traz a simplicidade e a paz do verdadeiro Rei, a paz do Nosso Rei Jesus.

CONHEÇA UM POUCO DO G.R.E.S. IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE.

Imperatriz209.jpg
Imperatriz Leopoldinense
Fundação 6 de março de 1959 (51 anos)
Escola-madrinha Império Serrano
Cores Verde-claro, Branco e Ouro
Símbolo Coroa
Bairro Ramos
Presidente Luiz Pacheco Drumond
Carnavalesco Max Lopes
Intérprete oficial Dominguinhos do Estácio
Diretor de carnaval Wagner Araújo
Diretor de harmonia Guilherme Nóbrega
Diretor de bateria Mestre Marcone
Rainha da bateria Luiza Brunet
Mestre-sala e porta-bandeira Ubirajara e Verônica
Coreógrafo Alex Neoral
Desfile de 2011
Enredo A Imperatriz adverte: sambar faz bem à saúde

sábado, 19 de junho de 2010

G.R.E.S. IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE ADVERTE: SAMBAR FAZ BEM A SAÚDE, CONFIRA A SINOPSE.



Carnavalesco: Max Lopes
Pesquisa e texto: Emanoel Campos Filho e Gabriel Haddad
 
A Imperatriz Adverte: Sambar Faz Bem à Saúde
Uma viagem pelo tempo, leva a Imperatriz a passear pela história da Medicina, conhecendo a sua origem e o seu desenvolvimento. A arte de salvar vidas deve ter sua importância enaltecida e merece essa grande homenagem oferecida pelos leopoldinenses. Deixe o tempo te levar...
 Desperta a Velha África. Desperta do solo africano o poder de curar.
Nos primórdios de sua existência, o homem encontrava na caça de animais e na coleta de espécies vegetais, os meios para sua sobrevivência. Nômade por excelência, nutriu-se dos elementos naturais encontrados para exercer o poder da cura. Praticava rituais que buscavam o autoconhecimento e o equilíbrio do ser, através das manifestações da natureza e da compreensão de seus fenômenos.
 Os sacerdotes africanos, primeiros praticantes da mágica arte da cura, evocavam a sabedoria da mãe-natureza para aprender o perfeito modo de utilização das plantas, raízes e ervas medicinais.
 Batidas de tambor. Danças. Ervas. Curandeiros. Uma viagem espiritual ao encontro das formas de proteção e controle do corpo. A cura estava diretamente ligada à magia e à crença na força dos poderes da natureza e seus elementos.
 Com o passar do tempo, diversas outras civilizações pelo mundo passaram a desenvolver seus próprios pensamentos médicos. Dentre elas, pode-se citar os hindus, fundadores da Ayurveda (Ciência da Vida); os semitas em geral, que acreditavam na noção de que a doença era um castigo divino; os mesopotâmios que viam uma relação entre a movimentação dos astros, a mudança das estações e as doenças; os chineses, através de sua medicina tradicional que se baseava na cura por plantas e outros elementos naturais; e, principalmente, os egípcios.
 O esplendor da civilização do Egito Antigo trouxe a evolução do conhecimento de diversos procedimentos médicos, o uso de numerosas drogas e a realização de pequenas cirurgias, além da técnica da mumificação, marcando a história da arte de curar.
 Um traço comum entre essas sociedades citadas é a profunda relação entre a religião e a prática da cura. Seus povos, diferentemente do homem pré-histórico, acreditavam na existência de deuses superiores aos homens, que seriam os verdadeiros responsáveis pela saúde e pela doença. Os deuses, não só eram os detentores do poder de curar e dos conhecimentos médicos, mas também respondiam pelo desequilíbrio do corpo humano e pelo envio das doenças e enfermidades.
 A cura mítica ainda era a base da crença do povo da Antiguidade. A magia e a religião se enlaçavam e influenciavam a prática médica.
 O povo da Grande Grécia, inicialmente, sustentava suas crenças em sua mitologia, na qual os poderosos deuses influenciavam a vida e a morte, tendo o poder de curar ou provocar doenças. Os gregos acreditavam que a doença era um severo castigo dos céus, enquanto a cura, uma benção divina. Nos templos de Asclépio, Deus grego da Medicina, se realizavam rituais para curar, englobando banhos e poções para relaxar e adormecer, já que a cura deveria vir com os sonhos, durante o sono do enfermo.
 Com o desenvolvimento do valor humanístico na Grécia, a prática da cura tomou um caráter racional, empregado principalmente por Pitágoras, o que possibilitou o surgimento de uma medicina verdadeiramente científica. Hipócrates, o pai da medicina, desenvolveu métodos que se baseavam na filosofia, no raciocínio e na lógica, idealizando um modelo ético e humanista da prática médica.
 A objetividade e a precisão se tornaram elementos imprescindíveis para o diagnóstico das enfermidades, sendo necessária a separação da Medicina da noção religiosa. Os estudos realizados pelos médicos passaram a substituir a fervorosa crença nos deuses e na cura pela magia pela observação empírica de seus pacientes.
 Com o início do período da Idade Média, a ciência médica, assim como a vida humana, passou a ser dominada pela Igreja Católica. Esta, abafou o desenvolvimento científico e filosófico, trazendo tempos de trevas e pouca evolução para a Medicina. O conhecimento era restrito ao ambiente católico, tendo os monges como principais pensadores, que deveriam basear seus estudos na fé e na salvação da alma, ao invés da evolução científica. Para a Igreja Católica, o corpo do homem era intocável à dissecação, pois este representava o corpo de Cristo, considerando o estudo de anatomia algo pagão e inumano.
 A desprezível falta de noção higiênica da sociedade medieval possibilitava a proliferação de diversas doenças, que se tornavam verdadeiras epidemias.A peste negra aterrorizou a população européia e assolou o continente, deixando fortes marcas em seu chão.
 Da escuridão, renasce a esperança com surgimento de movimento humanista, no qual era centrado o Renascimento europeu. Um novo jeito de pensar. Uma nova mentalidade. O homem é o centro do universo.  Em total contraponto à era medieval, o período renascentista trouxe diversos avanços e descobertas científicas para a Medicina. As universidades passaram a se distanciar das bases religiosas e dos credos eclesiásticos, focando nos estudos de anatomia e fisiologia, muito pesquisados por Leonardo da Vinci (pai da anatomia), Versalius e Michelangelo.
 Brilha. Reluz o século das luzes. Com o advento do Iluminismo, correntes filosóficas surgem na Medicina, enfatizando o uso da razão e da ciência para explicar o universo. Um grande desenvolvimento das especialidades médicas, como a Cardiologia, a Obstetrícia e a Pediatria tiveram um grande desenvolvimento, apresentando novos caminhos para a evolução da medicina moderna. A criação do microscópio, do termo célula, da homeopatia, além das diversas descobertas na física, química e outras áreas, foram importantes acontecimentos iluministas, que possibilitaram o progresso da Medicina em geral.
 Todas as evoluções demonstradas nos períodos anteriores se tornaram base para o grande desenvolvimento que a Medicina contemporânea apresentou e continua a nos apresentar. Sua evolução é constante e surpreendente. A imunização preventiva, a descoberta do raio X, a descoberta de novos medicamentos, e a cirurgia plástica são frutos deste esforço da Ciência Médica. Apesar dos debates éticos trazidos pela sociedade civil, os estudos de genética e células artificiais trazem esperança para a criação de novos remédios e vacinas preventivas. Além disso, a evolução dos estudos do DNA, traz os segredos da "Chave da Vida", possibilitando o desenvolvimento de pesquisas relativas à clonagem.
 A Medicina e a arte de curar estão sempre em evolução. O estudo e as pesquisas são extremamente necessários para que a construção de novas técnicas de cura, ou novas formas de prevenção a doenças, surjam.
 Povo do Brasil, povo carioca, de bem com a vida, feliz e festeiro, vai buscar no carnaval e no samba a sua felicidade e a cura para os seus problemas. O brasileiro encontra o seu bem-estar ao vestir a sua fantasia e passar pela passarela da imaginação, ao ouvir a batucada da bateria, ao sentir o pulsar do surdo como se fosse o seu próprio coração, ao ouvir a melodia do cavaquinho, ...
 O povo quer sambar, quer encontrar uma forma de esquecer os seus problemas.
 Sai pra lá, dengue! Sai pra lá gripe suína!
 O que resta a este povo guerreiro é a felicidade. Rio de Janeiro, palco do maior carnaval do mundo. Venha para cá e encontre no samba a cura para a sua dor.
 Deixe o prazer do samba e do carnaval dominarem seu corpo. Com o prazer que sentimos, nosso corpo libera uma substância chamada endorfina. Esse hormônio, ao ser liberado, viaja pelo nosso organismo, oferecendo uma sensação de bem-estar, conforto, tranquilidade e felicidade.
 Sinta o "hormônio da alegria" correr e alivie a sua dor sambando. O samba também faz bem para o corpo e para a mente.
 Além disso, devemos reconhecer os grandes esforços dos médicos brasileiros, que tentaram, de diversas formas, trazer saúde ao nosso povo e conhecimentos para a evolução de novas técnicas médicas. Oswaldo Cruz. Carlos Chagas. Vital Brazil. Ivo Pitanguy. E muitos outros.
 
Parabéns médicos brasileiros! Parabéns médicos de todo o mundo!
 
Não perdendo o espírito carnavalesco, podemos afirmar que, mesmo com toda a evolução que a Medicina tem nos apresentado e com todo o seu desenvolvimento, de acordo com a letra da marchinha dos antigos carnavais, ainda está pra nascer o doutor que cure a dor de cotovelo.
 
"Penicilina cura até defunto
Petróleo bruto faz nascer cabelo
Mas ainda está pra nascer, O doutor
Que cure a dor de cotovelo"
Marchinha de Klécus Caldas e Armando Cavalcanti  
 
Sambista, esqueça a dor! Vista a fantasia e caia na folia com a Imperatriz!
Sambar faz bem à saúde!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

CONHEÇA UM POUCO DA HISTÓRIA DA PORTELA


Fundação 11 de abril de 1923 (87 anos)
Cores Azul e Branco
Símbolo Águia
Bairro Madureira
Presidente Nilo Figueiredo
Presidente de honra Natal da Portela(homenagem póstuma)
Carnavalesco Roberto Szaniecki
Amauri Santos
Intérprete oficial Gilsinho
Diretor de carnaval Coordenação de Carnaval
Diretor de harmonia Comissão de Harmonia
Diretor de bateria Nilo Sérgio
Rainha da bateria Juliana Portela
Mestre-sala e porta-bandeira Rogerinho e Lucinha Nobre
Coreógrafo Márcio Moura

terça-feira, 15 de junho de 2010

Beija-Flor entrega sinopse sem a presença de Roberto Carlos



A Beija-Flor entrega nesta quarta-feira, às 20h, na quadra da escola, a sinopse do enredo "A simplicidade de um Rei" aos compositores da azul-e-branco de Nilópolis. O evento não contará com a presença do cantor e compositor Roberto Carlos, que no encontro que teve, mês passado, com a comissão de carnaval da agremiação, havia manifestado o desejo de prestigiar a entrega. A equipe de Roberto Carlos informou à direção da Beija-Flor que o artista pretende, nos próximos dias, descansar da turnê internacional que fez durante os últimos 30 dias. Uma nova data será marcada para que o Rei esteja na quadra da escola.
 A sinopse do enredo que homenageará Roberto Carlos na Marquês de Sapucaí em 2011 foi elaborada, como supervisão do diretor de carnaval Laíla, pela comissão de carnaval formada por Alexandre Louzada, Ubiratan Silva, Victor Santos e Fran Sérgio.

sábado, 12 de junho de 2010

Lançada a primeira chapa à eleição do Império Serrano



Foi lançada a primeira chapa à eleição para presidente do Império Serrano nas eleições que serão realizadas na primeira quinzena de julho. A "Chapa Raízes" tem como candidato à presidência Helton Dias, neto de um dos fundadores da escola e ex-presidente Elói Antero Dias e de Tia Eulália. A vice-presidência tem o nome de José Luiz Cabeça Branca na chapa.
- Eu não coloco a união como o maior desafio, o maior desafio, que  é a realidade é o Império voltar ao grupo especial. Eu estou doido para conhecer o pessoal (Lesga), dizer para eles que o Império Serrano hoje, é uma escola de responsabilidade, que vai cumprir seus acordos, que vai realmente resgatar toda sua credibilidade perante à sociedade, perante aos credores, perante a todas as pessoas. É esse o trabalho que estamos propondo aqui dentro - disse Helton Dias, acrescentando.
 Se for eleito, Helton Dias confirmou que o novo carnavalesco do Império Serrano, será Silvio Cunha.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE JA TEM DATA PARA ENTREGA DA SINOPSE PARA O CARNAVAL 2011



 Segundo o diretor de carnaval da Imperatriz Leopoldinense, Wagner Araújo, o tema da escola para o carnaval 2011 ja foi definido. "A Imperatriz adverte: sambar faz bem à saúde" é o título do enredo e a sinopse será entregue dia 16 de julho, quarta-feira aos compositores. Pelo segundo ano consecutivo, Max Lopes (foto), assina o carnaval da escola de Ramos.
 Fonte segura da ala dos compositores da qual faço parte, me informou que a sinopse foi confeccionada pelo governador Sérgio cabral e o prefeito Eduardo paes, vamos aguardar a quarta-feira para maiores esclarecimentos.
 Não vou adiantar nada. O enredo será contado no dia 16 para os compositores - disse o diretor da agremiação.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

O Rio no cinema é o enredo do Salgueiro para desfile de 2011



O Salgueiro definiu seu enredo e anunciou oficialmente nesta segunda-feira. Segundo a coluna do jornalista Ancelmo Gois, de "O Globo", o título do enredo é "Salgueiro apresenta: o Rio no cinema".
Novamente, o enredo será desenvolvido pelo carnavalesco Renato Lage.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

G.R.E.S. PAZ E HARMONIA DE CABO FRIO TERÁ SINOPSE EM BREVE



AGUARDEM A RICA SINÓPSE DA NOSSA PAZ E ALEGRIA.. SERÁ SHOW!! FALAREMOS , DE QUEM REALMENTE MERECE SER LOUVADO, OS NOSSOS ÍNDIOS VALENTES!
 FOI O QUE ME DISSE O CARNAVALESCO THONNY RODRIGUES E COM CERTEZA VALERA A PENA ESPERAR POR ESSA SINOPSE.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Leia sinopse do enredo da Unidos de Padre Miguel



JUSTIFICATIVA DO ENREDO

"Festa de Iemanjá (1978);
O Quilombo dos Palmares (1984);
Meu Irmão de Cor, Meu Irmão de Fé (1987);
Valongo (1988);
Bahia de Todos os Negros (2000) e
No Reino das Águas de Olokum (2008)".

Negra.

Com um toque de africanidade que sempre fez bem a Unidos de Padre Miguel.
Foi preciso olhar ao longo de seus 54 anos de história e resgatar a sua
identidade. "Unidos" vestiremos turbantes, torço branco ou rodilha. Pescoço repleto
de argolões e colares de búzios, a minha proteção. No ombro o xale de pano
da costa e sobre o peito erguido uma blusa de cabeção rendado. Sobre o
pulso firme traremos amuletos: balangandãs de prata, braceletes, pulseiras
e cordões. A saia rodada nos veste e nos pés, chinelinhas de couro.
Na alma: as mães de Santo. No coração: as mães do samba.
Viemos contar a mãe de todas: Hilária Batista de Almeida, Nossa Mãe.

SINOPSE DO ENREDO

Ouçam o som dos Ilús! O Semba celebra a vida.
Ifá, senhor do Destino.
A luz de Òrun gera a vida, sua ancestralidade.
Dos Yorubás valentes, a herança!
Mãe África Ritual... Das Savanas ensolaradas.
O Ventre do mundo.
 Bahia, Salvador. Em que seus pais escravos aportaram.
Escrava nasceu, cresceu... Entre costumes afro-portugueses.
Onde desfilam os Ranchos de Reis. Assistiu nas ruas e ladeiras...
Procissões católicas, cheganças, pastoris... Bumba-meu-boi e baianos
cucumbis.
 Por Bamboxê Obtikô no Terreiro da Casa Branca...
Fez-se filha de Oxum, Senhora do amor e da beleza.
Na Gira dos Batuqueiros, o Semba se fez Samba.
Bahia, seu berço, seu chão... Sentirás saudades!
Destino te guia rumo ao Rio de Janeiro.
Seria a oferta de emprego na estiva, no cais.
Nos antigos sobrados da Saúde, seu lar.
À beira do cais... Vida simples. Pescadores, populares.
Saudades, Hilário Jovino Ferreira e Mãe Baiana Bebiana.
Fundadores dos primeiros ranchos... O Reis de Ouro.
Que relembram o folclore nordestino de alegorias ao divino.
Nas esquinas: quitandas, nas ruas: vendedores e artistas.
Pioneiro terreiro de magia do irmão de fé João Alabá de Omulu.
Tia Bebiana, Tia Mônica, Tia Amélia, Tia Carmem do Xibuca, Tia Perciliana,
De santo irmãs! Torna-se Yakekêrê, mãe pequena.
Pequena África de magia! Praça Onze... Um novo lar.
Viveria dos quitutes baianos e das comidas típicas.
Diziam que obtinhas o poder da cura... Não se avexem, são as mãos de Oxalá!
Sua fama pela cidade percorria. Até as vestes ela alugaria.
Verdadeiro reduto de sambistas, das rodas de samba.
Do samba de terreiro, do Partido Alto.
Samba criado pelos filhos das mães baianas
Donga, Pixinguinha, Sinhô e João
És uma verdadeira casa de samba, de bambas.
Quem diria que os ranchos... Ganhariam alegorias.
Negros que se vestiam em nobres. Belas damas.
Da Malandragem nascente, filhos das mães baianas...
Que formariam as primeiras escolas de samba.
Dos primeiros pavilhões. Dos estandartes informando os enredos...
Dos adereços. Das burrinhas de vime a bailar.
Das nossas Baianas de Linha protegendo os sambistas.
Esta aí senhora... Nascido em seu lar.
Vejo-o com orgulho. O samba é seu, do Rio!
Das nossas mães baianas do samba.
De nossas cabrochas, da comunidade da Vila Vintém.
A homenagem do meu Boi Vermelho, Unidos de Padre Miguel.
Deixo meu Axé em branco, com sangue vermelho pulsante...
À Hilária Batista de Almeida ou simplesmente Tia Ciata.
Peço a sua proteção, minha mãe!Tia Rema
(Elizete Cândida da Silva, 73 anos, nascida em dois de março de 1937. Tia
Rema como é conhecida pela comunidade, é uma das figuras mais importantes da Unidos de Padre Miguel. A Mãe que embala uma grande geração de sambistas para a Vila Vintém.)