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EU, TONHÃO MOURA, ESPERO QUE ESSE BLOG POSSA TIRAR SUAS DUVIDAS E MATAR CURIOSIDADES SOBRE O FANTÁSTICO MUNDO DO CARNAVAL. NOSSAS MATÉRIAS SÃO COLHIDAS DOS MELHORES SITES DA INTERNET.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Liga do Grupo de Acesso tem novo presidente


Clique para aumentar a imagemPor Fábio Silva

Em assembleia realizada na noite dessa terça-feira, foi eleita a nova diretoria da instituição que representa as escolas do Grupo A e B.

Para compor a nova diretoria foi eleito como presidente Déo Pessoa (foto), presidente da Rocinha. Para vice foi eleito Renato Ribeiro, o Thor, presidente da Paraíso do Tuiuti. Para diretor Financeiro, Leziário do Nascimento, presidente da Estácio de Sá. Para diretor Secretário foi eleito Luiz Felipe, fundador da instituição.

Para nova Liga foi divulgado que daqui a duas semanas será convocada nova assembleia, onde serão decididos novo nome, novo logo e a reforma do estatuto, onde todos os presidentes do Grupo A e B terão direito a opinião e voto nas direções da nova Liga.

Ficou decidido também que nessa assembleia serão apresentados os diretores e membros do conselho fiscal. A diretoria compartilha com a opinião de que o julgamento para 2013 deve ser realizado pela Riotur ou qualquer outro órgão indicado pela Prefeitura.

- Nossa ideia é criar uma nova imagem perante o sambista e os órgãos públicos. Temos uma ideologia de igualdade entre todos, se você tem sua escola aqui, você tem que opinar, tem que votar, é um direito seu. Fazendo isso estamos devolvendo aos presidentes o principio da legalidade que temos para representa-los em qualquer órgão público e privado. Precisamos da ajuda dos presidentes para que possamos andar todos num mesmo barco. Daqui pra frente, acreditem: tudo será diferente", disse o presidente da nova Liga, Déo Pessoa que deve renunciar o cargo da Rocinha após a mudança no Estatuto da nova Liga.

Faltaram a assembleia os representantes da Acadêmicos do Cubango, Inocentes de Belford Roxo e Santa Cruz.

fonte: galeria do samba

segunda-feira, 26 de março de 2012

O quintal de Zeca Pagodinho



‘Na minha casa todo mundo é bamba, todo mundo bebe, todo mundo samba”. Os versos de Martinho da Vila descrevem muito bem o que acontece no quintal da casa de outro bamba: Zeca Pagodinho. Mas lá, o povo também canta, versa e faz música da boa. E é esse clima, com direito à cerveja personalizada, que o cantor resolveu registrar e mostrar ao público, no CD e DVD ‘Zeca Apresenta: O Quintal do Pagodinho Ao Vivo’, que chega às lojas amanhã.

“Cerveja, comida e samba acontece sempre lá em casa. A única diferença é que, no dia, a bagunça foi filmada”, diz Zeca, referindo-se ao seu sítio em Xerém, onde se sente realmente em casa. “A gente teve a simplicidade de fazer o que não fazemos no nosso dia a dia de artistas. Não nos vestimos como tal para poder cantar num trabalho como esse”, acrescenta Jorge Aragão, que canta ‘Minta Meu Sonho’, de sua autoria.

No projeto, que tem 16 faixas no CD e 25 no DVD, Zeca Pagodinho é o que menos aparece. Como bom anfitrião, ele abre a roda de samba com ‘Em um Outdoor’, de Zé Roberto e Adilson Bispo. E só. Pega o seu copo de cerveja e se junta ao coro. A partir daí, quem leva o samba são os compositores, verdadeiras estrelas desse trabalho.

“Queria gravar com os compositores cantando os próprios sucessos. A ideia é mostrar que não existe só o Zeca, identificar quem é quem e fazer justiça com os criadores. O meu sucesso é o de todo mundo”, explica o dono da casa, completando com um exemplo: “Quando as pessoas falam: ‘Gosto daquela sua música ‘Deixa a Vida me Levar’’, respondo: ‘Não é minha, é do Serginho Meriti’”.

Solidariedade

Entre os convidados para o samba no quintal, estavam artistas consagrados, como Beth Carvalho, Arlindo Cruz, Dudu Nobre, Martinho da Vila, Seu Jorge, Monarco e Jorge Ben Jor, e outros com rostos não tão conhecidos do grande público: Luiz Grande, Efson, Renato Milagres, Sombrinha e Pretinho da Serrinha.

“Se o compositor não tiver uma ajuda, ‘a banana come o macaco’, pois é difícil ele ter a ajuda de alguém, para tirar as letras da gaveta, aparecer e sobreviver da sua arte”, filosofa o grande Almir Guineto, que solta a voz em ‘Mordomia’.

E ajudar os amigos no vermelho é algo que pesa para Zeca na hora de escolher seus repertórios. “Além do conjunto — letra, melodia e o astral da música —, este é um dos grandes critérios”, revela ele. “Ainda falta divulgação para o trabalho desses grandes compositores. Estou fazendo o meu papel e divulgo”, avisa Zeca.

‘São todos meus compadres’, diz Zeca

Amigos reunidos no Sítio de Xerém é para Zeca Pagodinho como uma reunião de família. “Os compositores que eu convidei são todos meus compadres. O Arlindo (Cruz), por exemplo, meus filhos chamam de tio”, conta Zeca. “Desde que eu me entendo por gente, isso acontece na minha casa”, completa Luizinho, um dos quatro filhos de Zeca.

E não é só a prole do anfitrião do quintal que se sente em família de sambistas. Juliana Diniz, filha de Mauro Diniz e neta de Monarco, faz coro. “Todo mundo aqui é meu tio praticamente”, diz ela que, mesmo sendo jovem, não fica só olhando a roda de samba e, no CD e DVD, canta com o pai e o avô.

E a velha guarda do samba até gosta deste intercâmbio com a juventude. “É uma experiência nova e muito válida interagir com essa criançada. Eles reforçam e renovam o samba pelo qual a gente tanto luta”, opina Almir Guineto.

fonte: papo de samba

domingo, 25 de março de 2012

Quadra do Salgueiro recebe 'Ação Global'


foto:divulgaçãoEm parceria com a Rede Globo, o SESI realizará neste domingo, 25 de março, a "Ação Global" no Salgueiro. O evento, que será das 8h às 16h, contará com ações de saúde, educação lazer e cultura, além de serviços gratuitos de utilidade pública.
Com a expectativa de oferecer cerca de 45 mil atendimentos, esta edição terá ainda a Tenda Estação SESI Qualidade de Vida. No local, atividades educacionais, de esporte, lazer e uma apresentação de ginástica artística animarão o público.
Serviços como a emissão da 1ª e 2ª vias da carteira de identidade e profissional, teste de glicemia, oficinas de customização, corte de cabelo, brinquedos infláveis para as crianças e aulas do programa SESI Cozinha Brasil, que orienta o preparo de refeições nutritivas de baixo custo e com reaproveitamento de alimentos, serão realizados.
Já para a terceira idade e jovens haverá avaliação de peso, altura, pressão arterial, além de orientação de nutrição e de atividades físicas.
O endereço da quadra da vermelha e branca é Rua Silva Teles, número 104, Andaraí.
fonte: srzd carnaval

sábado, 24 de março de 2012

Chico Anysio no Carnaval carioca

 

 Um dos momentos que ficarão para sempre guardados em minhas lembranças, foi o dia em que tive o imenso prazer de sentar-me na mesma mesa que Chico Anysio, isso aconteceu no ano de 2008, aquele lugar estava repleto de monstros sagrados como Agildo Ribeiro, Lúcio Mauro, e amigos de Chico, para minha felicidade um amigo me convidou para o evento que aconteceu na Zona Sul do Rio, e quando percebi, eu estava acomodado na frente de um artista que sempre me encantou, um filme passou pela minha mente de tudo que já havia visto e admirado sobre o humorista. Descobri ali, um homem simpático, extremamente educado, de gostos muito puros, e pelas conversas que rolaram aquele dia, um ser humano muito sincero, puxava assunto com todos da mesa, me fazendo sentir um velho amigo, foi mágico aquele momento.
 O 23 de março de 2012 nos deixará uma imensa saudade, mas vale lembrar que o mundo do samba prestou algumas homenagens a Chico Anysio, como na Caprichosos de Pilares em 1984, quando o carnavalesco Luiz Fernando Reis desenvolveu o enredo "A Visita da Nobreza do Riso à Chico Rei Num Palco Nem Sempre Iluminado", retratando a vida desse genial brasileiro, na ocasião a agremiação ficou em 3º lugar, participando assim do super campeonato. Pelas mãos de Nilson Ramam e Jorge Freitas, no ano de 2007 o Arranco de Engenho de Dentro levou para a Sapucaí o enredo "Chico Anysio, 50 anos de humor", a escola ficou em 8º lugar no grupo A, e em 2009 a Unidos do Anil no grupo D, fez carnaval com "Chico Total! Sou Anil e Faço Carnaval", do carnavalesco Sidney Rocha.
Por certo, ainda muitas outras homenagens virão do nosso carnaval a Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho, nosso querido Chico Anysio, de Maranguape para o mundo, humorista, ator, dublador, escritor, compositor, cantor, pintor, e o melhor de tudo, um grande basileiro. Deixa saudades por todo seu talento, e quem teve o prazer de conhece-lo pessoalmente, a imensa satisfação de poder cumprimentar esse que ficará marcado na história desse país. Que bom que Chico pôde ver que o mundo do samba o ama, que nós sambistas o admiramos e fizemos carnaval com uma biografia que dá orgulho para qualquer agremiação, muitas outras ainda virão, e onde quer que ele esteja, verá que será impossível esquece-lo.

Caprichosos de Pilares - Letra do samba-enredo de 1984
"A Visita da Nobreza do Riso à Chico Rei Num Palco Nem Sempre Iluminado"
Compositores: Almir De Araújo, Balinha, Marquinho Lessa E Hércules

Sorria meu povo
Sorria, "Chico rei" chegou
Nesse palco todo iluminado
Que um dia, por pecado, se apagou
Ôôôôôôôô
E Popó mandou cair na folia
A festa é nossa no reinado da folia
É cascata, o pacotão
No combate, como bate o coração
Na agonia com a corda no pescoço
A piada rói o osso e alegra o meu povão
Salomé, Salomé
Bate um fio pro João
Que dureza não dá pé
Tantas loucuras
Dos ministros, "Os Trapalhões"
Brasil, "Brazil", brazuca
É Alice num país de ilusões
Meu sorriso brasileiro
Tempero nacional
Do Azambuja trambiqueiro
Do Turuna dando bronca Federal
Palmas pro velho guerreiro
Que o ano inteiro faz o carnaval
Pai, painho no abaitolá
Dando axé
Até o dia clarear

Paz e Axé!
fonte: srzd carnaval

quarta-feira, 21 de março de 2012

Reginaldo Gomes renuncia à presidência da Lesga

 Dois peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli começam hoje a analisar os mapas de notas das escolas do grupo A dos carnavais do ano passado e deste ano. Eles vão procurar fraudes, como adulteração de notas e jurados que assinaram no lugar de outros. O pedido foi feito pelo Ministério Público.
 
 Em função de irregularidades, o prefeito Eduardo Paes não homologou a vitória da Inocentes de Belford Roxo na disputa deste ano. A escola já era apontada como a campeã antes mesmo do anúncio do resultado. E mais, a prefeitura rompeu o contrato com a Liga das Escolas de Samba dos Grupos de Acesso A e B (Lesga).
Novos rumos da Lesga
O presidente da Lesga e da Inocentes de Belford Roxo, Reginaldo Gomes, deu como certa a sua renúncia e da diretoria. Assim, o conselho vai convocar nova eleição. Para ele, a saída do grupo é fundamental para a Lesga voltar a negociar com a prefeitura. Gomes diz que quer sair esta semana e que, para isso, basta que a prestação de contas fique pronta. 
fonte: o dia na folia

segunda-feira, 19 de março de 2012

Mangueira convoca eleições no dia 28 de abril

 

 No dia em que completa 84 anos, a Mangueira deve organizar uma de suas eleições mais quentes da história. Nesta sexta-feira, a comissão eleitoral da verde e rosa convocou a escolha do novo presidente, vice-presidente e membros do conselho deliberativo, no dia 28 de abril. O prazo final para registro de chapa termina no final deste mês. Atual presidente da Mangueira, Ivo Meirelles deve concorrer à reeleição. Mas diferentemente da última eleição onde saiu como candidato único, o dirigente deve ter pelo menos um adversário. Os ex-presidentes Elmo José dos Santos (atual diretor de carnaval da Liesa) e o Alvaro Luiz Caetano, o Alvinho, devem apoiar um nome para oposição.

fonte: jornal extra / roda de samba

sexta-feira, 16 de março de 2012

Mocidade promove corrida rústica neste domingo

MOCIDADE INDEPENDENTE DE PADRE MIGUEL
Por Fábio Silva

A Mocidade Independente de Padre Miguel, em parceria com a Prefeitura de Seropédica, realizará, neste domingo, 18, a 17ª edição de sua tradicional corrida rústica. O responsável pelo evento é Paulo Neves, diretor de esportes da verde e branco.

A prova, que terá início às 8h, acontecerá em Seropédica. A largada vai acontecer no Km 40 da Rio-São Paulo. A chegada será no Km 49, em Seropédica. Os participantes ganharão troféus (primeiros colocados), medalhas, camisetas, além de premiação total de R$ 5.000.

Quem quiser se inscrever deve comparecer à secretaria da quadra da Mocidade na Rua Coronel Tamarindo, n° 38, em Padre Miguel. A taxa de inscrição custa R$ 30. Informações pelos telefones (21) 3332-5823 ou (21) 8895-9569.

sexta-feira, 9 de março de 2012

União da Ilha convoca trio de notáveis para comandar a bateria


 A União da Ilha começa a se reforçar visando o Carnaval 2013. Em reunião realizada neste sábado, o presidente Ney Filardi, seu vice, Djalma Falcão, e Mestre Riquinho, formalizaram convite para Mestre Odilon para o próximo Carnaval. Este, querendo o melhor para a União da Ilha, aceitou de forma imediata.
 A partir de agora, a bateria da IIha terá a seguinte formação: Mestre Paulão (presidente), Mestre Odilon (consultor e coordenador) e Mestre Riquinho (apito número 1). Na próxima quarta-feira, a escola realizará uma grande festa, na quadra, para celebrar seus 59 anos de fundação.

fonte: o dia na folia

quinta-feira, 8 de março de 2012

EM HOMENAGEM AO DIA INTERNACIONAL DA MULHER, NOSSO BLOG FAZ UMA HOMENAGEM AS MULHERES QUE JÁ INTERPRETARAM SAMBA ENREDO NA AVENIDA COMO CLARA NUNES, LECY BRANDÃO, TIA SURICA, ELZA SOARES ENTRE OUTRAS DIVAS.

  
Clara Nunes e Simone, duas das que puxaram samba na avenida, posam com Emílio Santiago

As mulheres têm uma importância vital para o carnaval. Seja pela beleza e graça das mulatas, passistas e atrizes-modelos-e-manequins que viraram madrinhas de baterias ou pela arte desenvolvida pelas baianas e portas-bandeiras. Mas as mulheres protagonizam outras funções igualmente nobres nas escolas, como bordadeiras, costureiras, ritmistas e até exercer o cargo máximo de uma entidade carnavalesca – a presidência. Na força do cantar, na condução de uma escola de samba, as mulheres também exercem um papel de destaque. Infelizmente, esta prática é bem menos freqüente do que no caso dos homens.
No final da década de 40, época em que datam os primórdios do samba enredo (samba que contava a história de um tema único), um sambista oriundo da escola conduzia uma parte da música e um coral, predominantemente feminino entrava nos refrões. Eram as pastoras: um coro formado por mulheres, inspirado no grupo que acompanhava o cantor Ataulfo Alves. As pastoras geralmente faziam as vozes em terça, ou seja, num tom alto, lembrando o canto bonito e ao mesmo tempo melancólico das lavadeiras. No entanto, é difícil dizer com precisão qual foi a primeira puxadora de samba.
Uma das precursoras foi, sem dúvida, a Tia Surica (Iranette Ferreira Barcellos, 1940 - foto acima). Aos 4 anos, já desfilava pela Portela acompanhada pelos pais. O apelido foi dado por sua avó, quando ela ainda era pequena. “Surica” é um adjetivo usado para roupa curta, por encolhimento. Quem conhece Iranette e seu 1,47m sabe que o apelido lhe cai como uma luva. Em compensação, o que lhe falta em altura, sobra em talento e alegria. Em 1966, ao lado de Maninho e Catoni, puxou o samba-enredo “Memórias de um Sargento de Milícias”, de autoria de Paulinho da Viola. Pertence à Velha Guarda da Portela desde 1980. Sua casa, conhecida como o “Cafofo da Surica”, é palco de festas memoráveis. Tia Surica tem um CD lançado (2003), com um repertório que reúne a elite dos compositores da Portela, como Monarco, Chico Santana, Aniceto, Casquinha, Manacéa, entre outros.
Em 1969, para comprovar que não era nem melhor, nem pior, apenas diferente, a Acadêmicos do Salgueiro contratou Elza Soares (foto acimaver ficha avulsa) para conduzir o samba “Bahia de todos os deuses”. Elza já era uma sambista consagrada no Brasil e no mundo e ajudou o Salgueiro a conquistar o quarto campeonato da escola e, ao mesmo tempo, derrubar uma pecha: até aquele momento, nenhuma entidade que desfilara tendo como enredo a Bahia no carnaval carioca havia levantado a taça. O sucesso da cantora na vermelho e branco inspirou outras escolas a buscarem “a sua Elza”.
Em 1972, o Império Serrano contratou uma legendária cantora da época de ouro do rádio. Marlene (Vitória Bonaiutti De Martino, 1924 - foto acima) havia participado em 1968 do show Carnavália, uma antologia do carnaval, com a participação de Eneida de Moraes, Blecaute, Nuno Roland e Índio e seu Conjunto. No ano seguinte, recebeu o Troféu Carmem Miranda, criado para premiar os melhores intérpretes de carnaval nos concursos promovidos pelo Museu da Imagem e do Som e patrocinados pela TV Tupi e Secretaria de Turismo do Rio de Janeiro. Para cantar “Alô, alô, taí Carmem Miranda”, a verde e branco da Serrinha não pôde contar com Roberto Ribeiro, que tinha se afastado da escola. Marlene não se intimidou e conduziu com maestria a escola, ajudando o Império a conquistar o título daquele ano. A cantora repetiria a dose em 1973, com “Viagem fantástica Pindorama a dentro”.
A partir daí, houve uma febre de puxadoras de samba. No disco dos sambas enredo de 1973, o samba da Unidos do Jacarezinho é cantado por Ivete Garcia. Ainda no mesmo ano, Graciete, sambista imperiana, gravou o samba da verde e branco de Madureira pela impossibilidade contratual de Marlene pôr sua voz no disco. Outras cantoras defenderam sambas nas escolas nos grupos de acesso.
Beth Carvalho (Elizabeth Santos Leal de Carvalho, 1946 - acima, com Dona Ivone Lara), ingressou no mundo do samba ao gravar, em seu LP de 1971, o samba-enredo da Unidos de São Carlos, “Rio Grande do Sul na festa do preto forro”. Logo a seguir, lançou pela Tapecar o compacto simples Amor, amor, samba do bloco carnavalesco Bafo da Onça. Oriunda da bossa nova, da zona sul do Rio, porém mangueirense de longa data, Beth freqüentava as rodas de samba dos quintais e subúrbios, o que lhe rendeu o apelido de “Enamorada do samba”. Como pertencia ao cast da Tapecar, mesmo selo do LP oficial dos sambas enredo, a cantora gravou “Mangueira em tempo de folclore”, samba da verde e rosa para o carnaval de 1974, devido à impossibilidade contratual do titular Jamelão. Em diversas oportunidades, Beth Carvalho auxiliou Jamelão na condução dos sambas da Manga na avenida. No carnaval de 1984 – o primeiro da era Sambódromo – foi homenageada pela Unidos do Cabuçu, com o enredo "Beth Carvalho, a Enamorada do Samba". Aliás, naquele ano, Beth foi a autêntica pé-quente, pois ganhou nas três escolas em que desfilou: Cabuçu (campeã do Grupo 1-B), Portela (campeã do desfile de domingo do Grupo 1-A) e Mangueira (campeã do desfile de segunda-feira e supercampeã do carnaval).
Outro símbolo do samba foi Clara Nunes, fotos acima, na direita cantando junto com Dominguinhos do Estácio, Bira da Mangueira e Conjunto Nosso Samba em 1977 (1943-1983). Iniciou a carreira como crooner de boates. Na década de 60, vencia todos os concursos musicais em Minas Gerais, seu estado natal. Em 1965, se transferiu para o Rio de Janeiro e foi contratada pela gravadora Odeon. Antes de aderir ao samba, tinha um repertório indefinido, em que cantava boleros, serestas e até bossa nova. Em 1968, ao gravar “Você passa eu acho graça”, Ataulfo Alves e Carlos Imperial, fixou sua presença no mundo do samba. Em 1971, gravou dois sambas enredo: “Misticismo da África no Brasil”, da Império da Tijuca, e “Festa para um rei negro”, do Salgueiro, além de “Ê baiana”, de Miguel Pancrácio, Ênio Santos Ribeiro, Fabrício da Silva e Baianinho da Em Cima da Hora, que fez estrondoso sucesso no carnaval daquele ano. No LP do ano seguinte, Clara regravou “Seca do Nordeste” (Gilberto Andrade e Waldir de Oliveira), clássico da Tupy de Brás de Pina no carnaval de 1961, e “Ilu-ayê” (Cabana e Norival Reis), que marcou a sua aproximação com a Portela. A partir daí, a carreira de Clara Nunes decola definitivamente, batendo recordes de vendagem, graças às composições inspiradas de bambas, como o seu marido Paulo César Pinheiro, João Nogueira e Mauro Duarte e o grupo Nosso Samba, responsável pelos arranjos nos discos e pelo acompanhamento musical nos shows. Em 1975, a cantora puxou na avenida o samba enredo “Macunaíma”, (Norival Reis e David Corrêa). Com ela, no carro de som, estavam o próprio David Corrêa, o compositor Candeia e o puxador oficial da escola, Silvinho do Pandeiro. Clara também abriu as portas para o sucesso de músicas que tinham o formato de samba enredo, como “Canto das Três Raças”, “Portela na avenida” e “Serrinha”, de Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro, e “Nação”, de João Bosco, Aldir Blanc e Paulo Emílio. Clara Nunes faleceu no Sábado de Aleluia de 1983, após uma cirurgia malsucedida, depois de 28 dias no CTI. Seu corpo foi velado por mais de 50 mil pessoas na quadra da escola de samba Portela. Em sua homenagem, a rua em Madureira onde fica a sede da Portela, sua escola de coração, recebeu seu nome. No ano seguinte, a Portela levou à Sapucaí o enredo “Contos de Areia”, uma homenagem à cantora e a dois portelenses legendários, Natal e Paulo da Portela.
Em 1976, o Salgueiro retorna com uma mulher no carro de som. A sambista Dinalva gravou “Valongo” no disco oficial da gravadora Top Tape e ainda dividiu o microfone com os puxadores oficiais do Salgueiro da época, Noel Rosa de Oliveira e Joel Teixeira. Em 1980, Zaíra foi a voz da Unidos de São Carlos no samba “Deixa Falar”. Durante a década de 80 houve uma retração na escolha de mulheres para puxar os sambas.
O ressurgimento de uma mulher com papel de destaque no carro de som de uma escola de samba ocorreu em 1989. A cantoraSimone (Simone Bittencourt de Oliveira, 1949, posando acima com Martinho da Vila, Milton Nascimento e Paulinho da Viola) foi convidada pela Tradição para dividir a condução de “Rio, samba, amor e tradição” com o puxador Kandanda. Tanto a escolha de seu nome quanto o desempenho da cantora baiana foram bastante criticados. No entanto, a intérprete não era nenhuma estranha no ninho. Após 10 anos de carreira com repertório calcado na MPB tradicional, Simone regravou “O Amanhã” (João Sérgio) – samba da União da Ilha do Governador de 1978 –, para o disco Delírios e delícias (1983). A música bateu recordes de execução nas rádios e programas de tevê. No ano seguinte, a cantora fez um bate bola com Neguinho da Beija-Flor: ela cantou no disco dele, Ofício de Puxador (1984), a faixa “Deusa da Passarela”. Em seguida, o intérprete de Nilópolis participou da gravação de “Por um dia de graça” (Luiz Carlos da Vila), para o disco Desejos (1984) da Cigarra. A partir daí, graças à ótima repercussão, Simone sempre passou a incluir um samba enredo no repertório de seus discos e shows. No LP seguinte, Cristal(1985), ela aproveitou a carona no sucesso obtido pela Caprichosos de Pilares no carnaval daquele ano: encomendou aos autores de “E por falar em saudade” Almir de Araújo, Balinha, Hércules Correia, Marquinho Lessa e Carlinhos de Pilares um samba que tivesse a estrutura parecida com o que foi levado à Sapucaí, convidou o puxador Carlinhos de Pilares para dividir os vocais e teve o auxílio luxuoso da bateria da escola. O resultado foi o sambaço “Amor no coração”, apontado como a melhor gravação de um samba enredo em um disco de Simone. Depois disso, a cantora ainda gravaria outras músicas nesse gênero: “Rei por um dia” (1986), “Disputa de poder” (1988), “Louvor a Chico Mendes” (1989) e “Liberdade, liberdade, abra as asas sobre nós” (1990).
Depois de Simone, outras duas cantoras estiveram mostrando a força e a capacidade das mulheres para puxar samba enredo no mesmo ano de 1995. O vozeirão de Selma Reis esteve a serviço da Mocidade Independente de Padre Miguel como apoio de Wander Pires. Selma, considerada uma cantora de repertório sofisticado, não poupou esforços para ajudar a cantar o belíssimo samba “Padre Miguel, olhai por nós”.
Nascida e criada nas proximidades de redutos do samba carioca, como a Portela, Vila Isabel e Mangueira, Leci Brandão (Leci Brandão da Silva, 1944, foto acima) começou a atuar como cantora e compositora na década de 1960, e em 1968 ganhou o primeiro prêmio do programa A Grande Chance, da TV Tupi. Em 1972 entrou para a ala dos compositores da Mangueira, sendo a primeira mulher a conseguir esse feito. Concorreu na quadra diversas vezes. No entanto, nunca venceu uma disputa na verde e rosa, tirando o segundo lugar em três oportunidades – a última para o carnaval de 1998, com o tema “Chico Buarque da Mangueira”. Participou de festivais de MPB e samba, e lançou o primeiro LP em 1975, Antes que eu volte a ser nada. No início da década de 80 brigou com a gravadora Polygram e ficou cinco anos sem gravar, época em que acentuou-se sua atuação política, ligada ao sindicalismo, aos direitos humanos e às minorias. Também foi o período em que desenvolveu sua carreira no exterior, apresentando-se no Japão, Dinamarca, Angola, Estados Unidos. Voltou a gravar em 1985, pela Copacabana. A partir daí, sua carreira musical deslanchou e firmou-se como um dos nomes mais fortes do samba no país. Em 1990, seu disco Cidadã Brasileira ganhou dois prêmios Sharp. Leci Brandão atuou quase 10 anos como comentarista dos desfiles do carnaval carioca pela Rede Globo, onde sempre destacava a aparição dos sambistas, o que lhe rendeu o apelido de “Leci Comunidade”. Há três anos vem comentando os desfiles do carnaval de São Paulo. Em 1995, foi convidada para puxar “Deuses e costumes nas Terras de Santa Cruz” para a Acadêmicos de Santa Cruz, no Grupo de Acesso. O samba conquistou o Estandarte de Ouro do jornal O Globo. Antes de começar a cantar o samba, Leci homenageou vários puxadores, citando gritos de guerra consagrados, como “chora cavaco”, “dá licença”, “vai meu ritmo”, “beleza, beleza, beleza” e “segura a marimba”. Em seus discos, também há espaço para revisão de sambas enredo antigos, como “Dona Bêja, feiticeira de Araxá”, “Histórias de um preto velho” e  “Casa Grande e Senzala”.
A maranhense Alcione (Alcione Nazaré, 1947), junto com Beth Carvalho e Clara Nunes formou o ABC do Samba nos anos 70. Mangueirense desde que chegou ao Rio de Janeiro, nos anos 60, Alcione tem apenas uma experiência como puxadora de samba: no CD oficial de 2004 ela gravou “Contos de Areia” samba que a Tradição reeditou naquele ano na Marquês de Sapucaí, mas não defendeu na avenida. A diretoria da escola do bairro do Campinho escolheu a Marrom devido à sua grande amizade com Clara Nunes. Alcione foi enredo da escola de samba Unidos da Ponte no carnaval de 1994.
E neste texto sobre as puxadoras, não poderia faltar o nome de um grupo vocal feminino pioneiro na interpretação de samba:As Gatas (acima, em 2003). Formado pelas cantoras Dinorah (falecida em 2006), Nara, Zélia e Zenilda , o conjunto gravou todos os discos de samba desde 1968 e é responsável pelos corais nas faixas. Também são convidadas para auxiliar os intérpretes na avenida – a Beija-Flor, escola que elas desfilaram pela primeira vez em 1977 é a mais freqüente.
Em outros estados, a participação da mulher como puxadora de samba também é marcante. Em Porto Alegre, fizeram história as performances de Maria Helena MontierVitória Feijó e Mauriléia. Em São Paulo, a maior delas é a cantora Eliana de Lima(foto acima), que puxa sambas há 25 anos na capital paulista. Ela se consagrou em escolas como Unidos do Peruche e Leandro de Itaquera.                                                                 
            
- Tia Surica (Portela/66)
- Marlene (Império Serrano/72 e 73)
- Elza Soares (Mocidade/73, 74, 75, 76 e Cubango 2000)
- As Gatas (Dinorah, Nara, Zélia e Zenilda, pioneiro grupo vocal feminino de samba no Brasil, gravaram os discos de samba acompanhando várias escolas, como Beija-Flor/77)
- Ivete Garcia (Jacarezinho/73)
- Graciete (Império Serrano/73 – gravou no disco)
- Beth Carvalho (Mangueira/74 – gravou no disco)
- Clara Nunes (Portela/75)
- Dinalva (Salgueiro/76)
- Zaíra (São Carlos/80)
- Rutinha (Unidos de Padre Miguel/85 – gravou no disco)
- Simone (Tradição/89)
- Leci Brandão (Santa Cruz/95)
- Selma Reis (Mocidade/95)
- Alcione (Tradição/04 – gravou CD)
- Eliana de Lima (Peruche e Leandro de Itaquera-SP)
- Marisa Monte (portelense, ainda não cantou samba-enredo na avenida)

FONTE: SAMBARIOCARNAVAL.COM

quarta-feira, 7 de março de 2012

Imperatriz Leopoldinense comunica saída de Luiza Brunet

 Bomba no mundo do samba. A direção do Imperatriz Leopoldinense comunicou na tarde desta terça-feira o desligamento da Rainha Luiza Brunet, um dos ícones do Carnaval carioca. A atriz e modelo estava à frente da bateria da Verde e Branca desde 1995, com excessão dos carnavais de 2006 e 2007. A informação foi divulgada no  mesmo dia em que a agremiação completa 53 anos de vida.
Musa encanta Marquês de Sapucaí | Foto: Carlos Moraes / Agência O Dia
Musa encanta Marquês de Sapucaí | Foto: Carlos Moraes / Agência O Dia
Quedas de pressão na Sapucaí
A ex-Rainha de Bateria da Imperatriz Leopoldinense, Luiza Brunet, sofreu três quedas de pressão e ficou cerca de 20 minutos no posto médico da Marquês de Sapucaí na noite do domingo de carnaval. A musa precisou tomar soro para fazer a hidratação. 
"Sempre tive queda de pressão e o Carnaval é uma época muito agitada para mim. Estou ótima e prontíssima para desfilar", diz Luiza, usando uma fantasia de deusa africana. A Imperatriz Leopoldinense foi a terceira escola a se apresentar e trouxe para a Avenida a vida e obra do escritor baiano Jorge Amado. 
fonte: o dia na folia

domingo, 4 de março de 2012

HOJE É DIA DE FESTA EM RAMOS, A TORCIDA NAÇÃO LEOPOLDINENSE COMEMORA SEUS 2 ANOS E 53 DE FUNDAÇÃO DA IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE!!!

53º aniversário da Imperatriz Leopoldinense e 2º aniversário da Torcida Nação Leopoldinense

 Festa do 2º Aniversário da Torcida Nação Leopoldinense e 53º Aniversário do GRES Imperatriz Leopoldinense.
A Torcida Organizada Nação Leopoldinense fará realizar no dia 04/03/2012, à partir das 15:00 horas no Social Ramos Clube a Rua Aureliano lessa, 97 - Ramos, com a presença de várias Torcidas Organizadas, autoridades, seguimentos da Escola e de um Grupo Musical. Apresentação do DVD da vida e obra de Jorge Amado, de João Moreira Salles.
• 15:00 horas - Recepção dos convidados
• 16:00 horas - Missa Solene.
• 18:00 horas - Premiação “Troféu Amigo da Torcida Nação Leopoldinense”.
• 18:30 – Apresentação do DVD da Vida de Jorge Amado
• 19:00 – Coroação da Musa da Torcida - Juliana, da Rainha da Torcida - Beatriz, de Maria Rosa – Madrinha da Torcida e de Elimar Santos - Padrinho da Torcida Nação Leopoldinense.
• Várias atrações.
• ENTRADA FRANCA

FONTE: TITITI DO SAMBA

sexta-feira, 2 de março de 2012

União da Ilha está sem casal de mestre-sala e porta-bandeira

 Após dois anos da União da Ilha, o mestre-sala Ronaldinho e a porta-bandeira Verônica Lima pediram desligamento da escola nesta quinta-feira. A decisão foi tomada em comum acordo com o presidente Ney Filardi. Em sua página no Facebook, Verônica comunicou o afastamento.
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
"Com o desejo de uma possível alteração no primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, me senti na obrigação moral de me afastar, deixando assim a diretoria à vontade para decidir o melhor para a escola, visto o carinho a mim dispensado nestes dois carnavais pela comunidade insulana", escreveu.
 O nome mais cotado para assumir o posto de Verônica é o de Squel, que era da Grande Rio. A União da Ilha terminou o Carnaval 2012 na 8ª colocação.
fonte: o dia na folia