SEJAM BEM VINDOS

EU, TONHÃO MOURA, ESPERO QUE ESSE BLOG POSSA TIRAR SUAS DUVIDAS E MATAR CURIOSIDADES SOBRE O FANTÁSTICO MUNDO DO CARNAVAL. NOSSAS MATÉRIAS SÃO COLHIDAS DOS MELHORES SITES DA INTERNET.

sábado, 30 de julho de 2011

imperatriz promove uma grande festa amanhã para apresentação dos sambas concorrentes


 A imperatriz leopoldinense estará amanhã dia 31/07, às 11:00, realizando a gravação dos sambas, que estarão concorrendo, para ser o hino oficial que a Imperatriz Leopoldinense vai cantar na Marquês de Sapucaí no próximo carnaval.
 A escola de ramos aproveitando a oportunidade, estará servindo uma feijoada preparada pela Ala das Baianas, das 12:00 às 15:30, entrada franca, no valor de R$ 12,00 (doze reais), participando assim do RIO GASTRONOMIA – o maior evento gastronômico do Brasil, no quesito FEIJOADA NOTA 10 – um concurso que irá eleger a melhor das tradicionais feijoadas das quadras das escolas de samba do Rio.
  Eu, Tonhão Moura estarei la com minha parceria participando dessa grandiosa festa.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Renascer de Jacarepaguá abre inscrição para ala da comunidade na próxima terça-feira



São mais de 3.000 vagas para desfilar em 2012

A Renascer de Jacarepaguá abre inscrições e renovações para integrantes da ala da comunidade na próxima terça-feira, dia 2. Quem quiser desfilar em 2012, basta comparecer à quadra da agremiação (AV. Nelson Cardoso, 82, no Largo do Tanque, em Jacarepaguá), entre 19h30 e 23h, munido de documento original da carteria de identidade, uma foto três por quatro, e pagar uma taxa de R$ 30. Para quem já desfilou, basta levar a carteirinha do último desfile.

A Renascer de Jacarepaguá, que em 2012 contará a vida de Romero Britto na avenida, irá desfilar com 3.800 componentes.

fonte: papodesamba.com.br

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Definida a ordem dos desfiles do blocos de enredo


Foto: Divulgação  A Federação dos Blocos Carnavalescos do Estado do Rio de Janeiro, através de uma reunião entre o presidente Izaltino Gonçalves Medeiros e a diretoria, realizou o sorteio que definiu a ordem dos desfiles dos blocos de enredo.
 O evento contou com um coquetel, oferecido pela diretoria da FBCERJ, que fez um agradecimento ao apoio de todos.
Vale lembrar que o campeão do Grupo I conquista o direito de desfilar pelo Grupo E da Associação das Escolas de Samba da Cidade do Rio de Janeiro.
Veja a ordem dos desfiles definida pelo sorteio:

GRUPO I - 18/02/2012 - AV. RIO BRANCO, às 20hs

1)INFANTES DA PIEDADE
2)UNIÃO DE GUARATIBA
3)UNIDOS DO URAITI
4)BOÊMIOS DE INHAÚMA
5)UNIDOS DAS VARGENS
6)MAGNATAS DE ENGENHEIRO PEDREIRA
7)FLÔR DA PRIMAVERA
8)UNIÃO DA PONTE
9)COROADO DE JACARÉPAGUA
10)TRADIÇÃO BARREIRENSE DE MESQUITA

GRUPO II - 18/02/2012  - INTENDENTE MAGALHÃES, às 20h

1)FALCÃO DOURADO
2)RAÍZES DA TIJUCA
3)SIMPATIA DO JARDIM PRIMAVERA
4)COLIBRI DE MESQUITA
5)NOVO HORIZONTE
6)DO BARRIGA
7)IMPÉRIO DO GRAMACHO
8)AMIZADE DA ÁGUA BRANCA
9)UNIDOS DA LAUREANO
10)UNIDOS DO ALTO DA BOA VISTA
 
GRUPO III - 18/02/2012 - CARDOSO DE MORAES, às 22h

1)DO CHINA
2)ESPERANÇA DE NOVA CAMPINAS
3)GRILO DE BANGU
4)MOCIDADE UNIDA DE MANGUARIBA
5)OBA-OBA DO RECREIO
6)UNIDOS DE TUBIACANGA
7)CAMPINHO IMPERIAL
8)MOCIDADE UNIDA DA MINEIRA
9)COMETAS DO BISPO
 
GRUPO IV - 18/02/2012 - CARDOSO DE MORAES, às 20h

1)ARRANCO DA GUARANI DE PIABETÁ
2)TIGRE DE BONSUCESSO
3)RODA QUEM PODE
4)UNIDOS DE PARADA ANGÉLICA
5)CHORA NA RAMPA

terça-feira, 26 de julho de 2011

Mocidade realiza cerimônia de lançamento da pedra fundamental de sua nova quadra

Projeto da nova sede da Mocidade

Projeto da Nova sede da Mocidade

 A Mocidade Independente realizará no próximo dia 03 de agosto, a cerimônia de lançamento da pedra fundamental de sua nova sede, na Avenida Brasil, em Padre Miguel.
A solenidade contará com a participação do governador Sérgio Cabral Filho e do prefeito da cidade Eduardo Paes, peças fundamentais neste processo que será um divisor de águas na história da Verde e Branco de Padre Miguel: ” A Mocidade agradece imensamente aos nossos governantes, que se empenharam e muito na realização deste antigo sonho. O terreno foi cedido pelo Estado e ficou a cargo da Prefeitura, a construção do prédio. Trata-se de um passo gigantesco em prol de um futuro sustentável. A nova quadra funcionará de terça a domingo como o novo pólo cultural da Zona Oeste da cidade” – festejou o presidente Paulo Vianna.
 Para celebrar a conquista, a Mocidade Independente está preparando uma grande festa no local da futura quadra. A partir das nove da manhã todos os segmentos da agremiação realizarão um desfile pelas ruas que circundam o terreno.  O intérprete Luizinho Andanças, o casal Robson Sensação e Ana Paula  e a bateria ”   Não Existe Mais Quente” da Super Direção também marcarão presença. A Estrelinha da Mocidade, escola mirim da Verde e Branco, participará do desfile e abrirá o cortejo.
 O diretor de carnaval Ricardo Simpatia aproveita para convocar os torcedores e amantes da escola para que possamos realizar uma inesquecível festa.

Carnaval 2012: Definida a ordem dos desfiles das escolas de samba dos Grupos C, D e E

  A Associação das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (AESCRJ) realizou na noite desta segunda-feira, 25, o sorteio da ordem dos desfiles dos Grupos de Acesso C, D e E, com as agremiações que se apresentam na Estrada Intendente Magalhães, em Campinho.
  O evento, que aconteceu na quadra da Unidos do Jacarezinho, também serviu para entregar os troféus às escolas campeãs do carnaval de 2011.

Confira como ficou a ordem dos Grupos C, D e E:

:: Grupo de Acesso C
 

Dia: 19 de fevereiro (domingo)
 

Local: Estrada Intendente Magalhães - Campinho

1. Independente de São João de Meriti
2. Rosa de Ouro
3. Lins Imperial
4. Unidos da Ponte
5. Império da Praça Seca
6. Unidos da Vila Kennedy
7. Arrastão de Cascadura
8. Favo de Acari
9. Unidos de Villa Rica
10. Em Cima da Hora
11. Acadêmicos da Abolição
12. Acadêmicos do Sossego
13. Boi da Ilha do Governador
14. Unidos do Jacarezinho
15. Unidos do Cabuçu


:: Grupo de Acesso D
 

Dia: 20 de fevereiro (segunda-feira)
 

Local: Estrada Intendente Magalhães - Campinho

1. Flor da Mina do Andaraí
2. Unidos de Cosmos
3. Vizinha Faladeira
4. Acadêmicos do Engenho da Rainha
5. Unidos do Anil
6. Mocidade Unida de Jacarepaguá
7. Unidos de Lucas
8. Acadêmicos de Vigário Geral
9. Leão de Nova Iguaçu
10. Unidos de Manguinhos
11 Gato de Bonsucesso
12. Corações Unidos do Amarelinho
13. Acadêmicos do Dendê


:: Grupo de Acesso E
 

Dia: 21 de fevereiro (terça-feira)
 

Local: Estrada Intendente Magalhães - Campinho

1. Canários das Laranjeiras
2. Unidos do Cabral
3. Boca de Siri
4. Mocidade Independente de Inhaúma
5. Paraíso da Alvorada
6. União de Vaz Lobo
7. Matriz de São João de Meriti
8. Chatuba de Mesquita
9. Mocidade Unida do Santa Marta
10. Delírio da Zona Oeste
11. Arame de Ricardo
12. Imperial de Nova Iguaçu

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Obras de reforma do Sambódromo atrasam e podem ficar prontas às vésperas do desfile

Samba em compasso de espera


  As obras de reforma da Marquês de Sapucaí correm o risco de atravessar o samba do carnaval 2012. Prevista para acontecer em 30 de junho passado, a concorrência para a recuperação de nove setores de arquibancadas e da Praça da Apoteose precisou ser adiada em um mês pela Secretaria municipal de Obras, devido a questionamentos do Tribunal de Contas do Município (TCM). Os conselheiros pediram o detalhamento do orçamento da obra, fixado em R$ 5 milhões. A expectativa agora é que o edital seja aprovado segunda-feira, permitindo que a concorrência ocorra na próxima sexta-feira. Por causa disso, a prefeitura já trabalha com a previsão de início das obras entre 15 de agosto e 1 de setembro. No melhor cenário - se o prazo de execução de 180 dias, previsto na concorrência, for cumprido - os trabalhos terminariam em 15 de fevereiro, dois dias antes do início oficial da folia.
 
Turno será de 24 horas para tentar evitar atraso

 Para tentar contornar o problema, a Secretaria municipal de Obras promete trabalhar ininterruptamente na Passarela do Samba. Segundo o secretário de Obras, Alexandre Pinto, o prazo será encurtado. Ele garante que as intervenções não vão atrapalhar os ensaios técnicos, previstos para começar em janeiro:

  - Trabalharemos direto. Se tivermos obra em janeiro, não haverá interferência na circulação das pessoas. Já tivemos uma experiência parecida este ano, quando fizemos a recuperação emergencial da iluminação do Sambódromo antes do carnaval.

  De acordo com o site do TCM, o edital de reforma do Sambódromo está sendo analisado desde o início de junho, quando foram enviados à prefeitura questionamentos sobre o documento. Na quarta-feira passada, 20 dias após a data prevista para a abertura das propostas das empresas, a Secretaria de Obras enviou as respostas às exigências. Elas ainda terão que ser analisadas pelos conselheiros em sessão plenária.

  A prefeitura espera que o assunto seja incluído na sessão prevista para segunda-feira, liberando a realização da licitação. Mas, segundo o site do TCM, o edital do Sambódromo não consta da ata de assuntos a serem tratados. Para complicar a situação, caso seja retomada a concorrência na semana que vem, ainda será preciso esperar os prazos de recursos previstos em lei para as empresas participantes.

  A reforma do Sambódromo prevê a recuperação dos módulos 1, 3, 4, 5, 6, 7, 9, 11 e 13. Oficinas e bares instalados sob as arquibancadas terão esquadrias de alumínio, revestimentos, além de instalações elétricas e hidráulicas trocados. Já banheiros e cozinhas ganharão áreas maiores, com novas louças e pisos. Os quatro setores considerados especiais, com camarotes, também receberão reparos. O museu e o palco da Apoteose passarão por reforma estrutural, impermeabilização e pinturas interna e externa. Toda a pista do Sambódromo também receberá nova pintura antiderrapante.

  A recuperação dos setores antigos acontecerá em paralelo à construção de quatro novos módulos de arquibancadas e camarotes, no lado par da avenida, a cargo da Ambev. A um custo de R$ 30 milhões, essa parte da obra entra numa nova etapa na semana que vem, quando as fundações começarão a ser implantadas, segundo a Ambev. A expectativa é que as novas arquibancadas comecem a ganhar forma no fim de setembro. Segundo a empresa, as peças pré-moldadas dos módulos das arquibancadas serão fabricadas fora do Sambódromo. Já os módulos menores (camarotes) serão fundidos no local, a partir do material de demolição do antigo Setor 2, que está sendo reciclado. Ainda segundo a Ambev, o prazo para a entrega da obra está mantido para 18 de dezembro.
O presidente da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), Jorge Castanheira, não quis comentar um eventual atraso na parte da reforma a cargo da prefeitura:

- A previsão é que os ensaios técnicos comecem em 8 de janeiro, uma semana depois do réveillon. Estamos estudando a possibilidade de termos ensaios às sextas-feiras, depois das 21h - disse Castanheira.

  Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o Sambódromo foi construído em tempo recorde para o carnaval de 1984, durante o primeiro governo Leonel Brizola: foram quatro meses de obras. O objetivo era dotar a cidade de um equipamento urbano permanente para a exibição do desfile das escolas de samba. Sua inauguração marcou o início do sistema de apresentações do Grupo Especial em duas noites. Naquele ano, Mangueira e Portela dividiram o campeonato, sendo que a Estação Primeira foi considerada Supercampeã do carnaval.

  Agora, será realizada a primeira grande reforma do Sambódromo, cuja capacidade pulará de 60 mil para 78.840 lugares. O templo do samba terá destaque também no campo esportivo. O complexo será preparado para sediar a chegada da maratona e das provas de tiro com arco das Olimpíadas de 2016.

Cidade do Samba: início de obras em quatro barracões destruídos por incêndio ainda depende de seguro. Reconstrução sem prazo.


 O tempo corre contra o carnaval de 2012 na Cidade do Samba, atingida por um incêndio em fevereiro passado . O início da reconstrução dos quatro barracões destruídos ainda não tem data, segundo o presidente da Liesa, Jorge Castanheira. Isso porque a entidade espera a liberação do seguro do complexo, que vai custear as obras, orçadas em R$ 25 milhões. A execução ficará a cargo da Delta Engenharia, que ergueu os galpões entre 2002 e 2005.

  De acordo com Castanheira, a Liesa já considera praticamente impossível que o barracão da Grande Rio, o mais afetado pelo incêndio, fique pronto a tempo do carnaval, já que terá que ser reconstruído. A estimativa é que a recuperação dos barracões da Liesa, da Portela e da União da Ilha seja concluída em 90 dias, a contar da ordem de início.

  A Liesa já tem um plano B para acomodar as 13 escolas do Grupo Especial. Grande Rio continuará a usar o barracão 7, emprestado à escola após o incêndio. Portela e União da Ilha, que usam tendas do lado de fora da Cidade do Samba, transferirão as alegorias para os barracões, assim que eles ficarem prontos. Já a Renascer de Jacarepaguá será acomodada no barracão da Liesa, logo depois da reforma.

domingo, 24 de julho de 2011

RELAÇÃO DAS ESCOLAS DE SAMBA E BLOCOS DE ENREDO PARA O CARNAVAL 2012

Escolas de samba

Grupo Especial (LIESA)

Desfilam domingo e segunda-feira de carnaval no sambódromo

Grupo de Acesso A (LESGA)

Desfilam sábado de carnaval no sambódromo

 Grupo de Acesso B (LESGA)

Desfilam terça-feira de carnaval no sambódromo

 Grupo de Acesso C (AESCRJ)

Desfilam domingo de carnaval na Estrada Intendente Magalhães-Campinho

 Grupo de Acesso D (AESCRJ)

Desfilam segunda-feira de carnaval na Estrada Intendente Magalhães-Campinho

Grupo de Acesso E (AESCRJ)

Desfilam terça-feira de carnaval na Estrada Intendente Magalhães-Campinho

Blocos de enredo

Grupo 1

Desfilam sábado de carnaval na Avenida Rio Branco-Centro

Grupo 2

Desfilam sábado de carnaval na Estrada Intendente Magalhães-Campinho

Grupo 3

Desfilam sábado de carnaval na Rua Cardoso de Moraes-Bonsucesso

 Grupo 4

Desfilam domingo de carnaval na Rua Cardoso de Moraes-Bonsucesso

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Confira a sinopse da Vila Isabel para o Carnaval de 2012


Foto: Reprodução de Internet
 A Vila Isabel apresentou, na noite desta quinta-feira, a sinopse do enredo "Você sembo lá... que eu sambo cá! O canto livre de Angola", de autoria da carnavalesca Rosa Magalhães. Na ocasião, os compositores também foram informados sobre as datas da disputa do samba-enredo. No dia 9 e 16 de agosto, às 20h, Rosa estará à disposição para esclarecer dúvidas dos compositores.

 As obras (2 CDs junto com 30 cópias da letra do samba) deverão ser entregues no dia 23 de agosto, na quadra, das 19h às 22h. No dia 26, às 20h, serão anunciadas as parcerias participantes do concurso. Para finalizar, no dia 27 serão iniciados os ensaios e a apresentação dos sambas que estarão na disputa.

 O valor da inscrição para integrantes da ala de compositores é de R$ 150. As parcerias mistas ou com compositores que participarão pela primeia vez do concurso, deverão pagar R$ 200. Cada parceria pode ter no máximo cinco compositores.

Leia a sinopse na íntegra:

 Você Semba Lá .... Que Eu Sambo Cá!
O Canto Livre de Angola

 O Brasil e Angola são ligados por laços afetivos, linguísticos e de sangue. São quase irmãos pela história que os une.

 Desde a Antiguidade, já existiam bestiários que repertoriavam as estranhezas da fauna e das características geográficas. Segundo o jesuíta Sandoval (1625), " Os calores e os desertos da África misturavam todas as espécies e raças de animais, em redor de poços, criando um ecossistema particular, capaz de engendrar hibridações monstruosas. Tal circunstancia fazia da África, o continente de todas bestialidades, o território de eleição do diabo."

 As bestialidades de que falava tal escritor eram hipopótamos e rinocerontes, chacais e hienas, zebras e girafas, avestruzes e palancas negras, entre outros.

 A estranheza também era causada pela cor da pele de seus habitantes.

 As regiões abaixo do deserto do Saara, chamadas de Ndongo e Matamba, eram habitadas por dois povos distintos: os ambundos e os jagas. Os primeiros eram excelentes ferreiros, cuja habilidade era muito apreciada. Os jagas, por sua vez, se destacavam como guerreiros invencíveis, pois se exercitavam diariamente em local apropriado a que chamavam de quilombo.

 Na época da expansão marítima portuguesa, esses dois povos possuíam um soberano a que chamavam de Ngola.

 No século XVII, a região de Angola era governada por uma rainha chamada Njinga, que era ambundo pela linhagem materna e jaga, pela paterna. Expressão do encontro de dois grupos étnicos, que apesar de semelhantes, tinham organizações distintas, Njinga os governou com sabedoria. A persistência do incômodo causado pelo seu sexo, entretanto, levou-a a assumir um comportamento masculino, liderando batalhas pessoalmente e vestindo de mulher seus muito concubinos, que faziam parte de seu harém.

 Apesar da fama de Njinga ter sido construída na luta da resistência contra o domínio de Portugal, entre os portugueses o reconhecimento de seu talento político e capacidade de liderança surgiu a partir de seu desempenho como chefe de uma embaixada que o então Ngola do Ndongo, enviou ao governador português, em 1622. Recebida com uma pompa que deve tê-la impressionado, Njinga também teria causado impacto entre os portugueses ao agir e falar no mesmo idioma que o deles, como chefe política lúcida e articulada.

 O interesse português era um só - mão de obra para outra colônia de além-mar, o Brasil. Embora fossem ricos em minerais, em diamantes, nada disso os interessou.  Pois na época, o reino de Angola era o grande manancial abastecedor dos engenhos do Brasil. Sem o açúcar, não havia o Brasil. Sem negros não haveria o açúcar. Sem Angola, não havia negros. E, sem Angola não havia o Brasil.

 Apesar da resistência de Njinga, o comércio era feito de modo avassalador. Os negros cativos ficavam em barracões, que podiam acolher cerca de 5.000 almas, que eram embarcadas rumo ao novo continente, em viagem longa, cuja duração podia ultrapassar dois meses, dependendo das condições climáticas. O porto e partida era Luanda, o maior centro de comércio escravagista africano. A cidade alcançara essa posição a partir do momento em que os escravos passaram a ser embarcados diretamente para as colônias americanas. Aproximadamente doze mil viagens foram feitas dos portos africanos para o Brasil, para vender, ao longo de três séculos, quatro milhões de escravos, aqui chegados vivos.

 A despedida era simples. A cerimônia de batizado era na hora do embarque: - Seu nome é Pedro; o seu é João; o seu, Francisco, e assim por diante. Cada viajante recebia um pedaço de papel com um nome escrito. Então, um intérprete ironicamente dizia: "Sois filho de Deus, a caminho de terras portuguesas, esquecei tudo que se relaciona com o lugar de onde viestes, agora podeis ir e sede felizes".

 A morte social despe o escravo de seus ancestrais, de sua família, e de sua descendência. Retira-o de sua comunidade e de sua cultura. Ele é reduzido a um exílio perpétuo.

 E lá se vão, num navio abarrotado, sem alimentos adequados, sem sequer espaço para se acomodarem. Levam na memória, os cantos, as danças, os ritmos, as tradições. Levam Njinga e seu espírito combativo, a levam na memória, apesar das ordens para esquecerem tudo....

 Os navios negreiros aportavam no Cais do Valongo, longe do rebuliço da cidade. Alí os escravos viviam em depósitos, a espera para serem comprados. Pois foi em 1779, por ordem do Vice-Rei, marquês de Lavradio, que nesta região se localizaram o cais, o mercado e as precárias instalações para abrigar os recém chegados.

 Por ironia do destino, foi neste mesmo cais, que anos mais tarde, receberia em 3 de setembro de 1843, a princesa Tereza Cristina, futura Imperatriz do Brasil, e também mãe da princesa Isabel, aquela que terminaria de vez com o regime de escravidão. O cais foi remodelado e uma cenografia decorativa escondia aos olhos reais as imagens da pobreza extrema e a humilhação a que eram submetidos os recém chegados.

 Presente em vários lugares em que houve a escravidão, a coroação de um rei e uma rainha negra era uma forma de diminuir o sentimento de inferioridade social, assim como as irmandades permitiam a reunião para reverenciar algum santo, mas sobretudo como relacionamento social entre os escravos.

"Nesta santa irmandade se farão todos os anos  hum Rey e huma rainha os quais serão de Angolla, e serão de bom procedimento, e terá o rey tão bem seu voto em meza todas as vezes que se fizer visto da sua esmolla avantajada." O titulo a que se dava era Rei do Congo e a Rainha Njinga. A fama de Njinga atravessou os séculos e os mares, sendo evocada em festas populares no Brasil. Mas antes de se alojar no imaginário popular, as lições de Njinga foram muito provavelmente postas em prática na luta dos quilombolas de Palmares.

 Com o intuito de se divertirem, as irmandades aproveitavam-se das comemorações dos dias dedicados a este ou aquele santo, para organizarem seus festejos. E era quase que o ano inteiro, pois S. Pedro, S. João, Santo Antonio, o Espírito Santo e outros tantos mais, se espalhavam no calendário. Tudo era oportunidade para comemorações festivas.

 Na Festa do Divino, segundo Manuel Antonio de Almeida, embora os músicos fossem muito apreciados pelo publico, ele considerava que eram desafinados e desacertados: "Meia dúzia de aprendizes de barbeiro, negros, armados este, com um pistom desafinado, aquele com trompa diabolicamente rouca formavam uma orquestra desconcertada, porém estrondosa, que fazia as delicias dos que não cabiam ou não queriam estar dentro da igreja. Mas era musica buliçosa, um convite aos jovens à dança". Os instrumentos que usavam eram basicamente trombetas, trompas, cornetas, clarinetas e flautas e os de corda - as rabecas, violões, tambores, bumbos e triângulos também eram encontrados.

 A festa reunia uma enorme economia e produção. Os fogos, no Campo de Santana, era a maior atração. Depois as barracas, com comidas e bebidas, show de ginástica e muita cantoria. A que fazia mais sucesso, entretanto, era a barraca conhecida como Três Cidras do Amor, frequentada pela família e pelo escravo, pela plebe e a burguesia. Era um salão um tanto acanhado. Num dos cantos  havia um teatrinho de bonecos com cenas jocosas e honestas. O conjunto de atrações das Três Cidras do Amor era longo e variado. Peças como Judas em Sábado de Aleluia eram encenadas. Depois do inicio do baile com valsas, as apresentações cada vez mais se afastavam de uma pretensa seriedade, e a dança tradicional e eletrizante do povo brasileiro assumiam o espaço, com os dançarinos bamboleando, cantando, requebrando-se, ondulando as nádegas a externuar-se, e dando umbigadas. Os homens e as mulheres que realizavam os indefinidos e inimitáveis requebros, umbigadas e movimentos lascivos não nasceram nos ricos salões de baile, estavam nas ruas, reuniam-se nas festas de largo, onde seus ritmos prediletos eram apresentados como atração e divertimento.   

 A junção dos violões, cavaquinhos e flautas já era praticada pelos músicos barbeiros,ou como insistem alguns especialistas, havia sido realizada nos casebres populares do Rio, mais precisamente na Cidade Nova.

 Lá, destaca-se Tia Ciata, dando continuidade aos festejos que já aconteciam no Campo de Santana, abandonado pelos festeiros após a Reforma do local. Tia Ciata nasceu em Salvador em 1854, e aos 22 anos, trouxe da Bahia o samba para o Rio de Janeiro. Foi a mais famosa das tias baianas, trazendo também o candomblé, do qual era uma ialorixá. Na Casa da Tia Ciata ecoavam livremente os batuques do samba e do candomblé.

 Segundo Mary Karash, das danças escravas, como o lundu, capoeira e jardineira, a que ficou conhecida no século XIX por "batuque" é a mais próxima do samba carioca moderno.

 O termo SAMBA, possuía uma clara origem angolana. O verbo kusamba, que significava saltear e  pular, provavelmente expressasse uma grande sensação de felicidade.

 Hoje,"O Samba é considerado como um produto da história social brasileira". De acordo com o presidente do Iphan, "O gênero musical e coreográfico pode ser considerado tanto como sendo próprio de comunidades culturais identificáveis (executantes e brincantes inseridos em agrupamentos sociais de pequena escala) e também no contexto da vida urbana, e da indústria cultural mediatizada. O vigor do Samba enquanto gênero cultural encontra-se em sua plasticidade e capacidade de gerar inúmeras variantes, como o samba-de-roda, o samba carioca, o samba rural paulista, a bossa nova, o samba-reggae e outros mais, em suas diversas interpretações."

 Aqui na Vila Isabel, que é de Noel, e de Martinho, devemos a ele esta história. Ele que, nos anos 70, fez sua primeira viagem ao continente negro e durante muitos anos foi a ponte entre o Brasil e Angola, sendo considerado um Embaixador Cultural. Levou a música brasileira como um presente ao povo amigo e irmão, através das vozes tão brasileiras de Caymmi, João Nogueira, Clara Nunes e ainda Chico Buarque, Miúcha, Djavan, D. Ivone Lara, entre outros. Três anos mais tarde, Martinho elaborou um projeto trazendo a música angolana para os brasileiros, a que chamou de O Canto livre de Angola.

 Nosso samba....  seu semba ...por isso  enquanto eu sambo cá.... você  semba lá...

Rosa Magalhães (Carnavalesca) & Alex Varela (historiador)

Dona Ivone Lara se emociona ao ver desenhos das fantasias

 


Foto: Ricardo Almeida A diretoria do Império Serrano visitou Dona Ivone Lara, em sua casa, no bairro de Oswaldo Cruz, zona norte do Rio de Janeiro. Aos 90 anos, a dama do samba será o enredo da escola do morro da serrinha, no Carnaval de 2012, com o título "Dona Ivone Lara: O enredo do meu samba", desenvolvido pelo carnavalesco Mauro Quintaes.

 No encontro Mauro entregou a Dona Ivone, os desenhos dos figurinos para o desfile da agremiação. A cantora não escondeu sua emoção.

 "Meu Deus, será que eu mereço isso tudo? As fantasias estão maravilhosas, nunca vi nada parecido. Parece que está passando na minha mão um grande desfile de moda", opinou.

 Dona Ivone Lara brincou, ao dizer que toda a sua família fará questão de participar do desfile em sua homenagem.

 "Olha, minha família é grande e todos vão querer desfilar", comentou.

 Átila Gomes, que após assumir a presidência do Império, visitou Dona Ivone pela primeira vez, concordou.

 "Dona Ivone, quem você quiser vai desfilar no Império Serrano. A senhora é a nossa grande homenageada, fique à vontade nessa grande festa. Não vai faltar nenhum convidado seu, disso tenho certeza", garantiu o presidente.

 O carnavalesco da agremiação Mauro Quintaes, ficou honrado com a felicidade da cantora ao ver suas obras para o próximo Carnaval.

 "É uma honra muito grande para mim ver Dona Ivone Lara, um expoente do samba, maravilhada com meus desenhos. Isto não tem preço, é uma vitória que jamais irá sair da minha lembrança. Para o desfile oficial, vou preparar uma homenagem digna de rainha para nossa grande Dama do Samba", confessou.

 Dona Ivone Lara ganhou de presente da diretoria da escola, a camisa oficial do Carnaval de 2012. O Império Serrano será a oitava agremiação à entrar na avenida, sábado, dia 18 de fevereiro.

Confira fotos do encontro:

foto: Ricardo Almeida
 foto: Ricardo Almeida
 foto: Ricardo Almeida
 foto: Ricardo Almeida

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Eliminatórias de samba-enredo da Portela acontecerão na quadra da Caprichosos de Pilares





Clique para aumentar a imagem

 Com sua quadra fechada para reforma, as eliminatórias de samba-enredo da Portela
acontecerão na quadra da Caprichosos de Pilares.

 O novo local de ensaio da escola foi anunciado pelos coordenadores de carnaval Alex
Fab e Junior Escafura, ontem, durante a entrega da sinopse do enredo de 2012.

 O início da disputa de samba acontece no dia 27 de agosto.

 A quadra da Caprichosos de Pilares fica na Rua Faleiros, 01 em Pilares.

Portela divulga sinopse do enredo para o próximo Carnaval



 A Portela divulgou, na noite desta terça-feira dia 19, a sinopse do enredo "E o povo na rua cantando... É feito uma reza, um ritual", de autoria do carnavalesco Paulo Menezes e Marquinhos de Oswaldo Cruz. O texto foi apresentado na sede da Portelinha, já que a quadra da azul e branca está fechada para obras.

Confira a sinopse:

Pequena Prece ao Senhor do Bonfim
Salve, meu Pai Oxalá, Meu Senhor do Bonfim!
Senhor do branco, pai da luz.
Força divina do amor...
Epa Babá!
Meu pai, "... sou filha de Angola, de Ketu e Nagô
Não sou de brincadeira
Canto pelos sete cantos
Não temo quebrantos
Porque eu sou guerreira
Dentro do samba eu nasci,
Me criei, me converti
E ninguém vai tombar a minha bandeira."
E venho a ti pedir sua benção e proteção, e pedir, também, licença aos meus padroeiros, para conduzir a minha águia altaneira, o meu altar do samba, até a sua presença.
Sabe, meu senhor, sempre fomos muito festeiros, muito devotos, e gostaria muito que o meu povo conhecesse o seu povo e a sua maneira de festejar, de reverenciar a sua crença, a sua fé.
Por muitas vezes cantei a Bahia, agora chegou a hora de mostrá-la.

"... essa Bahia gostosa
Cheia de encanto e feitiço
Que deixa a gente dengosa
E a gente nem dá por isso"

Bahia que tem o dom de encantar.
Terra em que o branco e o negro, o sagrado e o profano, o afro e o barroco se misturam e se tornam uma coisa só. No mar da Bahia, tudo e todos se misturam.
Bahia de vários corações... sagrados corações.
Terra de cores, cheiros e temperos.
Terra de festas e de fé, de santos e orixás.
Terra de samba.
Terra de amor e devoção.
A Bahia é festa o ano todo e o povo vai pra rua manifestar a sua fé.
"... E esse canto bonito que vem da alvorada."
Alvoradas, missas, procissões, afinal "quem tem fé vai a pé".
Novenas, flores, fitas, águas e perfumes.
Cortejos, fiéis e cânticos.
Velas, orações e adoração.
Gente que dança!
Tambores e atabaques, samba de roda, batucadas.
Comidas, pois festa sem comida não é na Bahia.
Gente que canta!
Canta pro santo, canta pro orixá. Canta para os dois ao mesmo tempo. É o sincretismo se fazendo presente.
Louva a alegria, a liberdade, a esperança.
Gente que pula!
Pula como pipoca, como cordeiro, em blocos e trios. Transforma as ruas em um mar branco, de paz.
Mar branco, mar vermelho, mar azul. Bahia é feita de mar, é feita de água.
Gente que louva!
Beatos, filhos-de-santo, padres, mães-de-santo, fiéis e iaôs, todos juntos num mesmo ideal. Deuses e mortais, passado e presente.
Altares e terreiros, tudo é mistério. As divindades tão próximas e tão íntimas. O milagre da cumplicidade com o sagrado.
A luz dos orixás refletida nos olhares.
"... Tem um mistério que bate no coração
Força de uma canção que tem o dom de encantar."
É dia de festa na Bahia. Não importa como começou. Não importa se um dia tudo vai terminar, pois o riso e o gesto já estão gravados na eternidade, no céu e no mar.
Bem aventurados todos aqueles que puderem ver a Bahia em festa.
E neste momento, meu Senhor, vejo que tudo aquilo que move o baiano: a fé, a alegria, a esperança, a crença e a devoção, move também o meu povo, o portelense.
Um povo que nunca desiste, vive a sorrir e a festejar.
E que essa Bahia que é de Todos os Santos, seja a partir de então dos santos da Portela também, que eles passem a fazer parte do seu panteão, estendendo sobre eles o seu divino manto e nos conduza a um desfile triunfal sobre o altar do carnaval.
Bem aventurados aqueles que puderem ver a Portela em festa.
Afinal,
Sou Clara,
Sou Portela,
Sou Guerreiros,
Sou Amor!

Salve o manto azul e branco.
Amém!

Paulo Menezes

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Imperatriz agita quadra com festa julina neste sábado

Foto: Divulgação A escola Imperatriz Leopoldinense promove uma festa julina neste sábado, dia 23 de julho, a partir das 18h, na quadra de ensaios da agremiação.

 A festa terá apresentação das quadrilhas "Nossa Senhora do Rosário de Pompéia", Do Sampaio" e "Shock do Painho". Os presentes também poderão se divertir com um trio nordestino, além do "Casamento na Roça", que terá o cantor Elymar Santos como noivo. A noiva promete ser a grande surpresa da noite.

O endereço da quadra da verde e branca é Rua Professor Lacê, número 235 em Ramos. A entrada é franca.

Nelson Sargento será homenageado pela Unidos do Jacarezinho em 2012


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 Nelson Sargento será o grande homenageado da Unidos do Jacarezinho no Carnaval 2012.

 A agremiação rosa e branca que desfila pelo Grupo C vai homenagear o sambista
mangueirense com enredo "O samba agoniza mas não morre. Nelson Sargento da
Mangueira e também do Jacaré!", de autoria do carnavalesco Eduardo Gonçalves.

 Compositor, cantor, pesquisador da música popular brasileira, artista plástico, ator e
escritor brasileiro., Nelson Mattos, o Nelson Sargento completa no dia 25 de julho,
87 anos. O apelido Sargento ele ganhou por uma breve passagem pelo Exército. Autor
de classicos do samba como "O samba agoniza mas não morre", ," Primavera"", também
conhecido como "As quatro estações do ano", entre outros, Nelson Sargento viveu durante
longos anos nos morros da cidade do Rio. Atualmente o sambista vive em Copacabana e
é considerado cidadão do mundo, já que sua músicaé conhecida, pelo menos, nas Américas
e no Japão.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Com festa, Lesga define ordem dos desfiles do Grupo de Acesso


Foto: Luana Freitas - SRZD  A Lesga promoveu uma noite de festa no Scala, no Centro do Rio, para o sorteio da ordem dos desfiles dos Grupos A e B, na noite desta segunda-feira.
 O evento foi iniciado com show de pagode, que animou os presentes. O clima era de muita animação e confraternização entre os integrantes das escolas.
 Os presidentes das agremiações do Acesso subiram no palco por volta de 22h e o sorteio foi iniciado. Pouco antes das 23h, o sorteio foi finalizado e o fechamento da festa ficou por conta da bateria da Renascer de Jacarepaguá, que estreia no Grupo Especial em 2012.

Foto: Luana Freitas - SRZD

Confira como ficou a ordem dos desfiles do Grupo de Acesso A:

1ª Paraíso do Tuiuti
2ª Acadêmicos da Rocinha
3ª Estácio de Sá
4ª Inocentes de Belford Roxo
5ª Império da Tijuca
6ª Viradouro
7ª Santa Cruz
8ª Império Serrano
9ª Cubango

Veja a ordem dos desfiles definida para o Grupo de Acesso B:

1ª Vila Santa Tereza
2ª União de Jacarepaguá
3ª Sereno de Campo Grande
4ª Alegria da Zona Sul
5ª Arranco do Engenho de Dentro
6ª União do Parque Curicica
7ª Mocidade de Vicente de Carvalho
8ª Tradição
9ª Caprichosos de Pilares
10ª Unidos de Padre Miguel
11ª Difícil é o Nome
Foto: Luana Freitas - SRZD 
Presidentes e representantes das escolas se mostraram satisfeitos com resultado do sorteio

 Cezar Thadeu, presidente da Caprichosos de Pilares, aceitou bem a nona colocação da escola e disse que os integrantes estão otimistas. " A Caprichosos está esperançosa. Qualquer coisa que vier para a gente será bom. Estou confiante"
O carnavalesco da Inocentes de Belford Roxo, Wagner Gonçalves, representou a agremiação no sorteio e aprovou a posição da escola. "Vamos sair do lado dos Correios. Vai ser bacana, vai ter bastante apelo popular. Eu estou animado, acho que vai ser bom".
Foto: Luana Freitas - SRZD  Pelé, presidente da Cubango, que passou recentemente por um desentendimento com a Liga, que puniu a escola de Niterói, mas posteriormente, retirou a punição, disse que o resultado do sorteio era o que ele esperava. "Era o meu objetivo. Bola dois nem pensar. Era o que eu queria, desfilar no lado dos Correios e fechar o desfile".
 Presidindo o Império Serrano há poucos meses, mas já promovendo diversas inovações, Átila Gomes disse que ficou satisfeito em ver a escola da Serrinha ser a penúltima a entrar na avenida. "Maravilha para a gente. O Império tem torcida, tem povo, tem chão. Trabalhar a qualidade dos carros alegóricos. Poderia ser a quinta, a sexta, a sétima. Mas tá bom, estamos aqui para isso. Fiquei satisfeito", disse.

Foto: Luana Freitas - SRZD

segunda-feira, 18 de julho de 2011

17/07/2011 - Salgueiro da um show de confraternização



O Acadêmicos do Salgueiro recebeu na noite deste sábado as agremiações, Estácio de Sá, São Clemente e Imperatriz Leopoldinense.
A cada apresentação das escolas o público delirava, além do show da anfitriã.
O ponto alto desta noite de samba, foi assistir ao show de Mestre Marcone no berimbau junto com a Swing da Leopoldina.
Parabéns ao Salgueiro por essas noites de muito samba e alegria que a escola vem patrocinando para os sambistas.


domingo, 17 de julho de 2011

Confira a sinopse da Viradouro para 2012


foto: Divulgação  A Escola de Samba Unidos do Viradouro divulgou, nesta quinta-feira, a sinopse do enredo "A vida como ela é, bonitinha mas ordinária... Assim falou Nelson Rodrigues, desenvolvido pelo carnavalesco Alexandre Louzada.

Confira a sinopse do enredo:

Justificativa

 Adentrar o universo de Nelson Rodrigues parece tarefa das mais improváveis, porém através de nosso desfile, faremos esta tentativa. Falar de sua vida, de sua obra é lançar um olhar sobre nós mesmos, despidos de todo o senso de pudor.
 O certo é ver que apesar de tantos julgamentos a respeito de seu legado, Nelson Rodrigues acompanhou com reflexões profundas a vida do país que ele via a sua frente, como testemunha e ator de eventos cruciais de nossa história recente.
 Através de suas frases memoráveis, somamos as suas experiências da vida e seu pensamento a respeito dela. A vida como ela é, reflete este caleidoscópio, multiface de suas opiniões que variam entre o cáustico e o irônico, passando pelo cinismo velado, sobre os tipos cariocas, seu cotidiano e as relações familiares, além da política e claro, a sua paixão, o futebol.
 A Viradouro ao apresentar Nelson Rodrigues como tema, ousa retratar de certa forma o pensamento desse grande gênio de nossa literatura e dramaturgia, usando como álibi uma de suas frases: Toda unanimidade é burra!
 Nelson,
 Sou eu o samba, que te pede passagem, sou a Viradouro a fazer a viagem em seu universo irreverente, aos subúrbios da sua inspiração. Pela lente de seu olhar, serei a realidade inventada, infielmente retratada da vida como ela é, a sua, cruel e crua a girar no carrossel da emoção.
 Eis-me aqui qual anjo pornográfico, a desfilar na rua, num delírio de carnaval, a te invadir a alma, te espiar a mente, perverso, eloquente, assim, como quem trai ou mente, não ver a mulher nua, pelo buraco da fechadura. Serei a flor de obsessão que desabrocha, fruta madura regada de drama e humor.
 Vou me tornar todas as mulheres, rasgadas das páginas de Suzana Flag, escravas do amor, destinadas a pecar e a amar demais algum homem proibido. Caberá em mim o que é descabido, assassinos passionais, suicidas enlouquecidos.
 Viverei aquelas gordas fofoqueiras, viúvas tristes ou solteiras ressentidas, e nelas encarnarei aqui, o flerte, o adultério, o romance fugaz e o eterno amor. Serei a feia, a interessante, a esposa, a amante, engraçadinha, a bonitinha, a dama do lotação ou então quem sabe, Nelson, aquela que morde, a que arranha e aquela que apanha, pura, casta e sem pudor.
 Lembrarei de momentos mágicos, do Mário Filho abarrotado, dos domingos ensolarados, de futebol e picolé, serei o Sobrenatural de Almeida, o inexplicável, o oculto que habita a sombra das chuteiras imortais, me tornarei seu craque predileto, sem caráter. Posso ser também Didi, Garrincha e Pelé.
 Estarei na torcida que agita, a xingar o juiz ladrão que errado apita, e na bola que se ajeita pro gol daqueles Fla-Flus ancestrais. Entrarei na discussão dos bares com a cabeça cheia, falando dos lances, dos romances da vida alheia e da sua grande paixão, e se preciso for, virarei a casaca, me farei de pó-de-arroz de corpo e alma, e pra te fazer graça, tricolor de coração.
 Abrirei as cortinas do seu teatro, sem o embargo da censura, e exporei a arte, a vida, a realidade pura, a lâmina afiada a rasgar a carne da plateia num desafio, e arrancar-lhes o aplauso, ou o asco, ou o arrepio, e até mesmo o silencio da incompreensão. Serei o seu grito na boca de cena, a fala cotidiana da verdade plena, aberta para a consagração.
 E morrerei todas as noites, eventualmente duas, aos sábados e domingos em todas as vesperais, na pele de seus personagens, vestirei pra sempre as suas fantasias que bem poderiam ser reais. De vestido de noiva ou em toda a nudez, serei castigado como a serpente, no juízo crítico, inclemente, com ou sem pecado, perdoado e sem perdão, sob as luzes da ribalta, no palco da sua mais incrível imaginação, senhor Rodrigues.
 Por fim, iluminarei a grande tela e vou estrelar sua obra, projetando o filme que passou na sua mente, e revelar na Viradouro que seu espírito paira no viver real de nossa gente. Hoje, você é o anjo que nos cuida, anjo escritor, teatrólogo e jornalista, anjo desconhecido, indecifrável; anjo de todos os sentidos, dos escancarados e dos escondidos, de nossa burra, porém verdadeira unanimidade.   Obcecado anjo chamado Nelson Rodrigues, que em frases nos define a vida como ela é, bonitinha mas ordinária.
Nelson por Nelson
 "Nasci a 23 de agosto de 1912, no Recife, Pernambuco. Vejam vocês: eu nascia na rua Dr. João Ramos (Capunga) e, ao mesmo tempo, Mata-Hari ateava paixões e suicídios nas esquinas e botecos de Paris. Era a espiã de um seio só e não sabia que ia ser fuzilada. Que fazia ela, e que fazia o marechal Joffre, então apenas general, enquanto eu nascia? A belle époque já trazia no ventre a primeira batalha do Marne. Mas por que "espiã de um seio só?" Não ponho minha mão no fogo por uma mutilação que talvez seja uma doce, uma compassiva fantasia. Seja como for, o seio solitário é, a um só tempo, absurdamente triste e altamente promocional.
 Mas a belle époque não é a defunta que, de momento, me interessa. Tenho mortos e vivos mais urgentes. Por outro lado, minhas lembranças não terão nenhuma ordem cronológica. Hoje posso falar do kaiser, amanhã do Otto Lara Resende, depois de amanhã do czar, domingo do Roberto Campos. E por que não do Schmidt? Como não falar de Augusto Frederico Schmidt? Seu nome ainda tem a atualidade, a tensão, a magia da presença física. Todavia, deixemos o Schmidt para depois. O que eu quero dizer é que estas são memórias do passado, do presente, do futuro e de várias alucinações". (p.11)
 "Toda a minha primeira infância tem gosto de caju e de pitanga. Caju de praia e pitanga brava.   Hoje, tenho 54 anos bem sofridos e bem suados (confesso minha idade com um cordial descaro, porque, ao contrário do Tristão de Athayde, não odeio a velhice). Mas como ia dizendo: - ainda hoje, quando provo uma pitanga ou um caju contemporâneo, sou raptado por um desses movimentos proustianos, por um desses processos regressivos e fatais". (p.15)
"1913. O que a memória consciente preservou de Olinda foi um mínimo de vida e de gente. Eu me lembro de pouquíssimas pessoas. Por exemplo: - vejo uma imagem feminina. Mas é mais um chapéu do que uma mulher. Em 1913, mesmo meu pai e minha mãe pareciam não ter nada a ver com a vida real. Vagavam, diáfanos, por entre as mesas e cadeiras. Depois, eu os vejo parados, com uma pose meio espectral de retrato antigo. Mas nem meu pai, nem minha mãe falavam. Eu não os ouvia. O que me espanta é que essa primeira infância não tem palavras. Não me lembro de uma única voz. Não guardei um bom-dia, um gemido, um grito. Não há um canto de galo no meu primeiro e segundo ano de vida. O próprio mar era silêncio". p.15-6)
 "Já falei da louca, filha da lavadeira. Foi a primeira mulher nua que vi na minha infância. E, ainda agora, ao bater estas notas, tenho a cena diante de mim. Eu me vejo, pequenino e cabeçudo como um anão de Velásquez. Empurro a porta e olho. O espantoso é que sinto uma relação direta e atual entre mim e o fato, como se a memória não fosse a intermediária. A demente tem a tensão e o cheiro da presença viva. Mas como ia dizendo: - no fundo, encostada à parede, está a nudez acuada". (p.39)
 "No primeiro momento, a glória é casta. Desde garotinho, a minha vida fora a desesperada busca da mulher primeira, única e última. No período da fome, o amor passara a um plano secundário ou nulo.  Mas a glória é ainda mais obsessiva, mais devoradora do que a fome. Eis o que eu queria dizer: _ com o artigo de Manuel Bandeira, só eu existia para mim mesmo. Tudo o mais era paisagem." (...)
"Sim, ainda me lembro do primeiro dia do artigo de Manuel Bandeira. Depois do trabalho, fui para casa. Tranquei-me no quarto como se fosse praticar um ato solitário e obsceno. Comecei a reler o poeta. Primeiro, repassei todo o artigo, da primeira à última linha. Depois, reli certos trechos. O final dizia assim: - "Vestido de noiva, em outro país, consagraria um autor. No Brasil, consagrará o público". Antes de mais nada, o poeta influiu na minha auto-estima". (p.162)
 "Uma meia dúzia aceitou Álbum de família. A maioria gritou. Uns acharam "incesto demais", como se pudesse haver "incesto de menos". De mais a mais, era uma tragédia "sem linguagem nobre". Em suma: - a quase unanimidade achou a peça de uma obsessiva, monótona obscenidade. Augusto Frederico Schmidt falou na minha "insistência na torpeza". O dr. Alceu deu toda razão à polícia, que interditaria a peça; meu texto parecia-lhe da "pior subliteratura.
 Assim comecei a destruir os meus admiradores. Foi uma carnificina literária. Mas não me degradei, eis a verdade, não me degradei". (p.215)
 "O número de ex-admiradores aumentava. E, pouco a pouco, ia fundando a minha solidão. Fora proibida a representação de Álbum de família. Em seguida, houve a interdição de Anjo negro. De peça para peça, me tornava, e cada vez mais, um caso de polícia. Escândalo nos jornais. E, um dia, encontro-me com Carlos Lacerda. Pediu o meu novo texto: - "Você me dá, que eu escrevo contra a censura". Ótimo. No dia seguinte, fui levar-lhe uma cópia." (...)
 "Desde aquela época, cada um, na vida literária, tinha que ser um engajado. Ninguém ia à rua sem a sua pose ideológica. Lembro-me de Isaac Paschoal me perguntando, depois de um discurso de Prestes: - "E você? Qual é a sua contribuição?". Baixei a vista, rubro de vergonha. E, como ainda não contribuíra, senti-me um fracassado nato e hereditário. Daí porque não posso ver, hoje em dia, o Guimarães Rosa, sem uma sensação de deslumbramento. Durante anos, pratiquei a solidão com certo pânico e certa vergonha. E eis que vem o autor de Sagarana e ergue a sua torre de marfim, assim como um cigano põe a sua barraca. Nada existe: - só a sua obra. Estão brigando no Vietnã? Pois o nosso Rosa escreve. Há a guerra nuclear, o fim do mundo? Guimarães Rosa funda outro idioma. A torre de marfim fez dele o maior artista brasileiro do século". (p.218)
 (Excertos de A menina sem estrela - Memórias, de Nelson Rodrigues; São Paulo: Companhia das Letras, 1999, Coleção das Obras de Nelson Rodrigues, sob a coordenação de Ruy Castro).

sábado, 16 de julho de 2011

Pedra do Sal - Samba e Misticismo




Pedra do Sal, Samba e Misticísmo.

 A Saúde foi o local do Rio de Janeiro onde existiam os mercados de escravos, as "casas de engorda" e toda a infra-estrutura do comércio escravagista nos séculos XVIII e XIX. A Pedra do Sal, que fica no pé do Morro da Conceição, no mesmo bairro, nas cercanias da Praça Mauá, era o local conhecido como “Pequena África” onde os negros eram negociados como escravos logo que desembarcavam no Porto do Rio de Janeiro, vindos da África e da Bahia. Mais tarde, livres, fizeram ali seu ponto para rituais, cultos religiosos, pastoris, batuques e rodas de capoeira. Sambistas e chorões, como João da Baiana, Donga e Pixinguinha também se reuniam na Pedra do Sal.
 A Pedra do Sal, assim chamada devido ao sal que ali era desembarcado e comercializado, foi o berço do Samba e do Chorinho carioca no final do século XIX. O ponto de encontro do ritmo carioca era um ambiente recheado de inspirações vivas de grupos de samba, ranchos e grupos carnavalescos.
 O Samba nasceu efetivamente dos terreiros da região portuária sob contribuições decisivas das músicas que eram cantadas e, sobretudo, das reuniões ali promovidas. Tendo a cidade sido durante muito tempo o foco das migrações internas do Brasil, o samba beneficiou-se dessa fusão que absorveu durante anos características importantes das manifestações culturais trazidas pelos negros e daqueles nascidos em terras brasileiras como resultado das contribuições africanas, indígenas e portuguesas. Por isso a Saúde é reconhecida como berço da cultura popular carioca.
 Dos moradores do lugar destacam-se Machado de Assis, um dos maiores escritores brasileiros, nascido no morro do Livramento e João da Baiana, compositor e percussionista carioca, introdutor do pandeiro no samba.
 Nas décadas de 20 e 30, os ranchos de carnaval atingiram o auge. Deixaram de ser a manifestação popular da Pedra do Sal e passaram a fazer sucesso nas camadas mais altas da sociedade.
Foram em bairros como Saúde, Gamboa, Providência e Santo Cristo, que também se originou e se definiu o botequim. O gênero surgiu a partir das antigas "botecas"- pequenos armazéns de secos e molhados em que se encontrava de tudo. Os cariocas costumavam passar pelas "botequinhas" para completar as compras que faziam nas feiras, e aproveitavam para degustar alguns tira-gostos, acompanhados de um vinho. Sem ser restaurantes, essas casas, uma mistura de armazém e bar, criaram um estilo que sobrevive em todo o país, com alguns exemplares autênticos remanescentes dos velhos tempos.
Embora situados a muito poucos minutos do burburinho da Praça Mauá, da Central do Brasil e da Avenida Rio Branco, um dos maiores eixos de circulação do centro da cidade do Rio de Janeiro, os bairros da Saúde, Gamboa, Providência e Santo Cristo refletem, pela vida de sua população, uma significativa distância comportamental do restante da cidade, revelada em hábitos, padrões de comportamento e formas de uso do espaço público não mais encontrados no restante da cidade. A imagem cultural do local é preservada e transmitida pela permanência das festas coletivas, das cadeiras nas calçadas e das conversas nos fins de tarde.
 O reconhecimento da Pedra do Sal como patrimônio cultural do Estado do Rio de Janeiro e o seu conseqüente tombamento permite que se compreenda que este local tem herança cultural ancestral de grande importância para a cultura negra carioca que lá, hoje, fez despontar todo encanto e magia da Cidade do Samba e do carnaval do Rio de Janeiro.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Viradouro terá nova quadra



 A Unidos do Viradouro começa a criar um plano de trabalho para fazer com que a escola volte a 'reinar' no Grupo Especial a partir de 2012. E o projeto de modernização da vermelha e branca, que completou 65 anos de existência, é audacioso, prevendo novas parcerias e até uma ampla reforma da quadra de ensaios, na Praça do Barreto, para receber um público maior e eventos de grande porte.
 O plano é que a quadra comece a ser reconstruída após o Carnaval de 2012 para que possa ser usada como preparação do Carnaval 2013. A direção da escola está elaborando o projeto e articulando contatos para a 'empreitada', que já teria interesse de uma grande estatal. A ideia seria deixar a escola mais imponente e com dependências mais modernas, aumentando a capacidade de até oito mil pessoas em grandes eventos.    A direção da escola ainda não tem croquis ou desenhos em computador do modelo da nova quadra, mas já faz articulações para escolher a equipe que fará o trabalho.
 Durante as comemorações pelo aniversário de 65 anos da escola, o presidente Gustavo Clarão disse que a experiência adquirida a partir de maio de 2010, quando se tornou, pela primeira vez, o presidente de uma agremiação no Grupo Especial, servirá para que seja feito um trabalho melhor ainda do que àquele que culminou com o vice-campeonato no Grupo de Acesso esse ano. Desde abril, o presidente e seu vice, Rildo Seixas,' costuram' com a diretoria um modelo de trabalho capaz de levar a Viradouro a um resultado ainda melhor em 2012.
 O projeto foi iniciado com a vinda do carnavalesco Alexandre Louzada, responsável por idealizar todo projeto de criação do enredo 'A vida como ela é, bonitinha mas ordinária', em homenagem ao jornalista e escritor Nelson Rodrigues. Segundo Gustavo, para o Carnaval de 2012, não haverá repetição dos improvisos decorrentes das circunstâncias do ano anterior, quando o grupo de trabalho assumiu em julho e teve que correr contra o tempo para colocar na Avenida o trabalho que culminou com o vice campeonato. A  Viradouro conseguiu o antigo barracão da Porto da Pedra, na Zona Portuária do Rio, para a montagem de carros e fantasias.
“A Viradouro tem um nome de expressão e milhares de adeptos. Temos tudo para voltar ao Grupo Especial”, afirmou Clarão.

Por dentro da escola

 Há 26 anos, Raimunda Santos Pereira, convive com o samba. A simpática senhora de 66 anos, mora na quadra da Viradouro em Niterói, desde que casou. Mãe de 6 filhos, dois foram criados no meio dos batuques. A filha caçula, Ildeci, tem o samba no sangue e desfila desde pequena pela agremiação.
“Eu trabalhava em casa de família. Meu marido era letrista, fazia cartazes de divulgação e faixas. Foi então que ofereceram ao meu marido, esta casa em que moro até hoje”, contou.
 Raimunda não tem do que reclamar do local que, além de ser residência, também é o seu meio de sobrevivência.
“Tenho minha barraca. Vendo salgados e cachorro quente todo dia de ensaio”, afirmou.
  Embora não goste de desfilar, sempre que pode ela procura participar das atividades da escola.
“Gosto muito de assistir aos ensaios e o Carnaval”, revelou.