Ninguém pode dizer que o novo presidente da escola de samba Grande Rio não é eclético. Edson Alexandre, o Tio Edson, é formado em Engenharia Civil, dono de galeria de arte na Barra da Tijuca e chef de cozinha. Ele tomou posse no início do mês no lugar de Hélio Oliveira, o Helinho, conforme antecipou ontem a coluna ‘Justiça e Cidadania’, deO DIA.
Sob nova administração, a tricolor de Duque de Caxias promete dar um passo em direção à profissionalização das agremiações, ao afastar um acusado de ligação com o jogo do bicho. Tio Edson assume com a promessa de gestão empresarial e organização.
Edson Alexandre (de verde) comemora com os integrantes da escola | Foto: Divulgação
Edson Alexandre (de verde) comemora com os integrantes da escola | Foto: Divulgação
“Nunca vi uma máquina de caça-níqueis na minha vida, mas é preciso reconhecer que os patronos construíram o Carnaval do Rio, transformando-o no maior espetáculo do mundo. Qualquer opinião contrária é sensacionalismo e interesse político”, sentencia o homem de 57 anos, que se gaba de ter sido um dos mais importantes treinadores de cavalos de corrida nos EUA na década de 90.
Para ele, a saída de Helinho está ligada à questão de saúde do bicheiro e da necessidade de Helinho se defender de processos na Justiça. “Houve reunião na escola e decidimos deixar o Helinho em paz. Ele não teria tempo para a escola”, conta Edson.
Considerado foragido em dezembro, Helinho conseguiu habeas corpus em fevereiro e responde em liberdade por envolvimento com o bicho e formação de quadrilha, como foi apontado na Operação Dedo de Deus.
fonte: o dia na folia