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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Artista gastou dois mil metros de alumínio no abre-alas da Imperatriz


Shangai trabalha apenas com placas de alumínio para montar o abre-alas da Imperatriz
Shangai trabalha apenas com placas de alumínio para montar o abre-alas da Imperatriz Foto: Luiz Ackermann / Extra
Roberta Hoertel

Já são mais de 40 anos como artesão. Nenhum deles em um trabalho tão grandioso. Em seu segundo ano na Imperatriz Leopoldinense, Shangai Fernandes recebeu uma responsabilidade ainda maior: montar todo o carro abre-alas da Verde e branco de Ramos. Ele será o responsável pela confecção da coroa imperiana deste ano, sem plumas e paetês. É toda feita com chapas de alumínio.
— O efeito que esse monte de alumínio dá na Avenida é uma coisa incomparável. O jogo de luz que se forma ali vai prender a atenção do público — conta o artesão.
Para conseguir montar a coroa símbolo da escola, mais 12 cavalos entre as folhas de uma floresta, Shangai precisou usar dois mil metros cúbicos de alumínio. O abre-alas da Imperatriz, que fala sobre o Pará, representa a força do índio do estado.
— Vamos retratar o Pará em seu começo, a influência que o indígena tem nessa região. Teremos algumas guerreiras indígenas também — conta o assistente de carnavalesco, Evandro Lima.
Os trabalhos de montagem começaram há quatro meses. Era o primeiro carro da escola a ser construído. Com as chapas em mãos, Shangai, do alto de seus 61 anos, faz, sozinho, todo o trabalho de recorte das peças, que formam os desenhos vazados.
Carro da Imperatriz foi construído com placas de alumínio
Carro da Imperatriz foi construído com placas de alumínio Foto: Luiz Ackermann / Extra
— Foi um desafio a mais. Como o tema é Pará, busquei a arte marajoara para transformar isso em desenhos vazados no alumínio.
Depois que as placas já se transformaram em verdadeiros quadros de arte, entram em cena os 25 rapazes que já aprenderam a técnica do metal. Mais maleáveis, elas são colocadas, uma a uma nas esculturas já montadas em cima do carro e têm cada uma de suas pontas presas por um rebite, em um trabalho mais que minucioso.
— São 30 mil rebites nesse carro, duas mil folhas para a floresta, 3.600 escamas na coroa — conta, para mostrar a grandiosidade do trabalho deste ano.
As escamas, o grande diferencial do abre-alas da Imperatriz, foram um tipo de trabalho empregado apenas na coroa. As placas têm recortes com mais detalhes, como se fossem rendas, e serão espalhadas pelas ramificações. Os pedaços, depois, serão moldados, para parecerem escamas de peixe abertas;
— O iluminador vai poder brincar com o que quiser. Será uma bela surpresa.

fonte: jornal extra

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