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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Ensaio da Imperatriz em ritmo de desfile

Foto: Ricardo Almeida/Divulgação  Em ritmo de desfile oficial, a Imperatriz Leopoldinense concluiu a sua temporada de ensaios técnicos na Marquês de Sapucaí. Agora a escola de Ramos só volta a pisar na Avenida no próximo domingo, dia do desfile oficial da verde-e-branca. Na noite deste sábado, a escola aproveitou o sistema de som em toda a Avenida para treinar o canto de seus componentes e acertar alguns detalhes na evolução e na harmonia. O Sambódromo estava lotado para acompanhar as duas escolas de samba desta noite, Imperariz e Beija-Flor.   Boa parte dos camarotes já estava ocupado, o que deu um clima a mais de carnaval.


Assim como costuma acontecer nos desfiles oficiais, a comissão de frente da agremiação da Leopoldina chegou ao quarto e penúltimo módulo de jurados com 40 minutos de ensaio. Normalmente, durante os treinos técnicos a evolução das escolas costuma ser mais rápida, porém a Imperatriz preferiu manter um ritmo mais lento, uma oportunidade para os componentes aproveitarem o momento. Os integrantes entenderam o recado e defenderam bem o samba-enredo "A Imperatriz Adverte: samba Faz Bem à Saúde!".

- Hoje testamos o entrosamento entre bateria e canto e se os componentes estão cantando. Na minha avaliação foi positivo. A Imperatriz tem tudo para fazer um grande desfile. Estamos testando as alegorias: tirando elas do barracão e colocando pulando gente em cima. Tudo para que não se repita o que aconteceu com nosso abre-alas em 2010 - disse Wagner Araújo, diretor de carnaval.

Grupo responsável pela abertura do ensaio, a comissão de frente, coreografada por Alex Neoral, mudou um pouco a dança apresentada no primeiro ensaio, em janeiro, quando a comissão de frente pareceu fazer um ritual na pista.
- Com relação ao outro ensaio, o que apresentamos hoje foi algo mais próximo da coreografia oficial. Minha comissão terá 15 membros. Oito mulheres e sete homens. Alguns são bailarinos, outros são atores e também tenho acrobatas. Vamos usar mais de um elemento de apoio no dia do desfile. Infelizmente não posso dar mais detalhes - explicou o coreógrafo.

  O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Phelipe Lemos e Raphaela Teodoro, estreante na escola, se apresentou ainda no primeiro setor. Os dois optaram mais uma vez por treinar fantasiados. Na apresentação para a quarta cabine de júri, eles precisaram enfrentar um pouco de vento. Mesmo com a adversidade climática, a dupla mostrou tranquilidade e alegria, parecendo bem à vontade.
- Fizemos a coreografia oficial hoje. Tem que ser assim, até para marcarmos o tempo dela. Estamos ensaiando duas vezes por semana com a fantasia do desfile. Hoje fiquei um pouco emocionado no início do ensaio, mas depois relaxei. A escola está nos abraçando e recebendo muito bem - contou o mestre-sala.
- Achei que este ensaio foi bem melhor que o outro. Tive um pequeno problema com a minha saia, mas nada que tivesse me atrapalhado. Esta fantasia (de 2010) é muito pesada e não foi feita para o meu corpo. A deste ano sim, me deixa mais segura e confortável para mostrar o meu potencial - revelou a porta-bandeira.

  Ciente de que tem um bom samba-enredo, mas que precisa ser cantado a plenos pulmões no desfile oficial, a diretoria de harmonia espalhou vários diretores nas laterais da pista. A missão deles era incentivar o canto daqueles componentes mais distraídos. A todo momento era possível ver a movimentação desses diretores, que também ficaram atentos na correta evolução dos integrantes, para que não se formasse buracos ou mistura de alas.

 A bateria fez bem a sua parte. Cada vez mais entrosados com o intérprete Dominguinhos do Estácio, os ritmistas de Mestre Marcone ousaram em diversos momentos, quando executaram paradinhas curtas e um pouco mais longas. A bateria não teve problemas nem para entrar nem para deixar o segundo recuo. As manobras foram executadas com perfeição, sem dar chance para o azar. Os ritmistas saíram do segundo box aos 68 minutos, encerrando o ensaio técnico da Imperatriz.
- Achei o ensaio de hoje perfeito, maravilhoso. O samba está crescendo de uma maneira surpreendente e tenho o melhor mestre de bateria do carnaval carioca. O entrosamento entre canto e bateria está perfeito - afirmou Dominguinhos do Estácio.

 Luiza Brunet, rainha de bateria da verde-e-branca, chegou ao Sambódromo no momento em que era cantado o esquenta, o samba-enredo "Liberdade, Liberdade. Abre as Asas sobre Nós", do carnaval de 1989. Ela entrou na pista pelo segundo recuo de bateria e caminhou até o primeiro box, onde seus súditos já aqueciam os surdos, repiques, caixas, tamborins, cuícas, chocalhos... Sempre comportada, Brunet vestia uma saia prateada, mostrando a barriga sarada.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Com Leandra Leal de porta-estandarte, Cordão da Bola Preta leva 100 mil às ruas

 O Cordão da Bola Preta saiu às ruas na noite desta sexta-feira. O bloco mais tradicional do carnaval carioca completou 92 anos e levou pelo menos 100 mil pessoas à Avenida Rio Branco, segundo estimativas da organização do evento.
Foto: André Muzell / AgNews

 A porta-estandarte foi a atriz Leandra Leal. Muito simpática, ela desfilou com brilho e samba no pé.

  O próximo desfile do Cordão será no sábado de carnaval a partir das 9h, com concentração na Cinelândia.
Foto: Paulo Araujo / Agência O Dia

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Família de Nelson Cavaquinho vai desfilar na Mangueira

"A Mangueira me chama, eu vou/Sempre fui o seu defensor/Sou um filho fiel/À Mangueira eu tenho amor..." Os versos que provam a fidelidade de Nelson Cavaquinho à Estação Primeira — e inspiraram o título do enredo "O filho fiel, sempre Mangueira", sobre o centenário do artista — poderiam ter sido escritos em co-autoria com seus herdeiros. Convocada para o desfile da Verde e Rosa, a família do compositor, emocionada com a lembrança, estará na Avenida para participar da homenagem. Mesmo a viúva, Dorvalina Maria de Jesus, hoje evangélica, não ficará de fora da festa.
— Eu sou cristã, mas, mesmo no tempo em que gostava de carnaval, meu negócio era assistir. Hoje, sou da Assembleia de Deus e participo de uma mesa de oração. Vou orar para que o Nelson traga sorte à escola — afirma a viúva, de 69 anos, que vai assistir ao desfile na Sapucaí com a neta Taísa, de 11.
Filha de Dorvalina, Márcia Regina, de 48 anos, vai desfilar no abre-alas, ao lado de Nelson Luiz Silva, de 54 — caçula e único filho vivo do compositor. Enteada do homenageado, que ajudou a criá-la desde os 6 anos, ela é responsável pela preservação de parte da obra dele.
— Ele não sabia usar o gravador e me acordava de madrugada, bêbado, para gravar as músicas que compunha. Por isso, sei todas as letras — relembra, rindo das brigas que tinha com o artista pelo sono interrompido.
Antes dessa fase, algumas letras teriam se perdido.
— Ele fazia música até no chuveiro. Saía, anotava a letra no papel de pão e dava para alguém gravar. Se perdesse e o procurasse de volta, dizia: "Essa já foi..." — conta Nelson Luiz, que desfilará com a filha Simone,de 35 anos, e os netos Felipe, de 16, e Gabriel, de 13.
Inspirado pelo enredo, Nelson Luiz, funcionário de uma empresa aérea, tomou coragem para mostrar o lado compositor:
— Já fiz uns três sambas, mas este é o primeiro que vou lançar. Chama-se "Saudades" e fala de "Folhas Secas" (sucesso do pai). Quero entregá-lo para a Alcione.

Além da forte religiosidade, pelo menos uma passagem de Nelson Cavaquinho é recorrente entre os amigos de boemia: a do cavalo que, cansado de ficar ao sol no pé do Morro da Mangueira, foi sozinho para o quartel. Na época, o então soldado da Polícia Militar fazia rondas pela região, mas perdeu-se de encanto pelo samba que tomava conta de um bar no Buraco Quente.
Para quem conviveu mais intimamente com o compositor também sobram histórias que desmistificam a imagem quase sisuda de Nelson em suas fotos.
— Ele insistia para me levar ao bar para mostrar aos amigos. Um dia, minha mãe liberou, mas, desconfiada, foi ver o que acontecia. Eu, com pouco mais de 1 ano, estava com a roupa batizada de refrigerante e passando de colo em colo... Ela me levou para casa e me limpou com álcool. Meu pai dizia: "Minha filha, não faça isso!" — revela Nelson Luiz.

A mãe do filho caçula do compositor lembra detalhes do dia em que Nelson Luiz nasceu.
— Comecei a sentir dor às 15h. O Nelson foi fazer um show e voltou às 5h. Agarrei no pescoço dele e o menino nasceu. Só estava esperando o pai! — diz Onélia Silva de Melo, de 79 anos, que se desencantou com um Nelson mulherengo, que reconquistava os amores com bilhetes românticos.
— Um dia cheguei em casa e encontrei uma mulher com o meu avental e o meu chinelo...
Dorvalina, que o acompanhou nos últimos 18 anos de vida, inspirou duas músicas.
— "Mulher sem alma" ele fez contrariado por eu ter ido visitar minha mãe, em Caxias. "Minha festa", quando estava tudo bem — conta ela, que visitou o barracão sexta-feira, aniversário de 25 anos de morte do compositor.
"Minha festa" é a apoteose do enredo da Mangueira.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Cordão da Bola Preta elege Rainha e Princesa do carnaval

 O Cordão da Bola Preta, bloco carnavalesco mais antigo do Rio de Janeiro com 92 anos de fundação, escolheu na noite de ontem (11), a rainha e princesas do Carnaval de 2011. As eleitas foram como Rainha, Laura Sabino, 26 anos, moradora da Tijuca, estudante de psicologia, formada em marketing e passista da São Clemente. A Princesa foi Patricia Pontes, 27 anos, moradora do Centro, supervisora de atendimento e formada em Letras.  "Ser rainha do Cordão da Bola Preta é um sonho realizado. O bloco de carnaval mais querido e antigo do Rio", declarou a rainha Laura.
 
Musas posam com a Princesa e Rainha: Julia Liers, Patrícia Pontes, Laura Sabino e Quitéria Chagas
 A disputa começou à meia-noite reunindo 12 candidatas que desfilaram de vestido e biquíni para um júri, formado pelo jornalista Sergio Cabral, o compositor João Roberto Kelly, o carnavalesco Milton Cunha e atriz e musa Quiteria chagas, avaliou os quesitos beleza e harmonia, desembaraço, simpatia e samba.

  Cada concorrente respondeu a uma pergunta feita pelos julgadores. O resultado tão aguardado foi anunciado pelo presidente do Cordão, Pedro Ernesto Marinho, às 2h30 da madrugada. A rainha 2010 Laura Lopes, passou a coroa para a eleita e as musas Quiteria Chagas e Julia Liers entregaram as faixas para as vencedoras.

  "Vamos fazer um desfile maravilhoso nos dias 25 de fevereiro e 03 de março na Avenida Rio Branco. O Cordão da Bola Preta está de braços aberto para o folião",  disse emocionado Pedro Ernesto.

  Cerca de 800 pessoas foram prestigiar o evento, a banda-show animou a noite com um baile de pré-carnaval sob o comando do maestro Carlinhos apresentando um repertório de marchinhas carnavalescas e sambas-enredos que marcaram época.

Na festa houve a apresentação da camiseta oficial assinada pelo carnavalesco Milton Cunha com quatro modelos, dois femininos e dois masculinos, ao valor único de R$ 20,00.  As eleitas desfilam ao lado da madrinha, a cantora Maria Rita, e da porta-estandarte, a atriz Leandra Leal.
 
Presidente: Pedro Ernesto Marinho
Madrinha: Maria Rita
Porta-estandarte: Leandra Leal
Rainha de 2011: Laura Lopes
Princesa 2011: Patricia Pontes
Musas 2011: Quiteria Chagas, Julia Liers e Renata Nascimento
 
Desfiles:

Dia 25/02 (sexta-feira) abertura do carnaval-Avenida Rio Branco
Concentração: Praça Mauá às 18h
Saída: Praça Mauá às 20h
Atrações: banda-show do Cordão, rainha, princesa e musas, além do cortejo real com Rei Momo
 
Dia 05/03 (sábado)-Avenida Rio Branco
Concentração: Cinelândia às 7h
Saída: Cinelândia às 9h
Atrações: banda-show do Cordão, rainha, princesa e musas, madrinha Maria Rita e porta-estandarte Leandra Leal.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Viviane Araújo estampa capa comemorativa da 'Rio Samba e Carnaval'

Foto:   Divulgação

 Atriz, modelo e rainha de bateria, Viviane Araújo foi a escolhida para estampar esta edição comemorativa, de 40 anos, da 'Rio Samba e Carnaval'. Vale também como homenagem da revista ao Salgueiro, uma das mais tradicionais agremiações da cidade. “Ser capa da Rio Samba era um antigo sonho”, diz esta carioca de Jacarepaguá, conhecida no meio carnavalesco desde meados da década de 90.

  Aos 35 anos, ela chegou à vermelha e branca da Tijuca em 2008. Pé quente, no ano seguinte Viviane já festejaria um campeonato, com Tambor, enredo de Renato Lage. Antes, já havia emprestado sua beleza para Mocidade Independente, Beija-Flor, União da Ilha, Vila Isabel e Viradouro, entre outras.

  Morena, olhos e cabelos castanhos, 1,65 metro e 65 quilos, bonita, sarada e – todo mundo sabe – exímia ritmista no tamborim, ela sairá em 2011 como parte integrante do Bope, o Batalhão de Operações Policiais Especiais, fantasia que estará vestindo toda a bateria da vermelha-e-branca. “Agora estou aprendendo repique com o Mestre Marcão”, conta Viviane, mais salgueirense do que nunca.

Na sessão de fotos para a capa da revista, ela usava apenas um sutiã adesivo e tapa-sexo. Foram três horas no estúdio, entre a preparação da modelo e as fotos propriamente ditas. Trabalho pronto, uma “roupa de efeitos especiais” foi inserida na imagem, adornando o corpo de Vivi .

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Grande Rio perdeu todas máscaras da bateria


Além de ver o sonho do título inédito virar cinzas, a Acadêmicos do Grande Rio também teve uma perda muito relevante em seus bens patrimoniais e históricos. De acordo com o assessor de imprensa da Tricolor de Caxias, Avelino Ribeiro, a agremiação não perdeu só toda a produção do desfile de 2011, mas registros históricos e toda a megaestrutura que servia aos trabalhadores do barracão e aos dirigentes da Grande Rio.

A escola havia inaugurado recentemente um restaurante vip no local, que servia feijoada às quintas. Fora o refeitório, que contava com equipamentos modernos e diversas máquinas de suco. A maioria dos troféus ganhos pela Grande Rio também estavam no local, além de documentos da agremiação, computadores, fotos e arquivos raros que contavam a história da Tricolor.

Móveis parisienses, obras de arte, peças de cristal e até uma banheira de hidromassagem também foram destruídos. Quanto ao desfile deste ano, além de todas as fantasias da escola, mais de 300 máscaras, vindas de Nova Iorque, que fariam parte da fantasia da bateria, também foram embora no trágico incêndio. A diretoria da escola calcula um prejuízo mínimo de R$ 15 milhões.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Ritmistas das escolas afetadas participarão da reconstrução do carnaval

Foto: Ricardo Almeida/DivulgaçãoEm meio ao clima de velório presente na Cidade do Samba na segunda-feira foi possível perceber a presença de membros de diversos segmentos das agremiações afetadas. Responsáveis pelo coração de suas escolas de samba, ritmistas de Portela, Grande Rio e União da Ilha marcaram presença no início da reconstrução do Carnaval de suas agremiações. Os integrantes das três baterias prometeram pôr a mão na massa e ajudar no mutirão.

Componente da Bateria da lha há 22 anos, Antônio Marcos, que toca surdo de primeira na bateria de mestre Riquinho, contou, com os olhos marejados e a voz embargada declarou que a escola não deixará de mostrar a sua marca registrada no Carnaval 2011: - Um acontecimento como esse desanima. Estamos muito tristes, mas no que depender da bateria, a Ilha vai ser a escola alegre de sempre. Já passamos por um problema pior, em 1999, mas naquela ocasião havia mais tempo para reconstruir o Carnaval. Vamos lutar para nos reerguer - disse, citando o incêndio que acabou com todas as alegorias da escola, às vésperas do Carnaval de 1999.

Já Gabriel Pessoa, que toca tamborim na Grande Rio há 12 anos, não acha que o rendimento da bateria da escola vai ser abaixo do esperado: - Acho que os ritmistas podem se empolgar ainda mais e mostrar que a escola tem garra. Ficamos chateados, mas não podemos deixar isso influenciar no desempenho da bateria. Vim aqui para ajudar naquilo que for possível. Daqui pra frente, vou tentar ajudar a escola no tempo livre que eu tiver.

Serginho, diretor de tamborim da bateria de Mestre Ciça, assistia atônito o barracão da agremiação, que foi o mais afetado, desfalecer em chamas. Ele fez coro às palavras de seus ritmistas: - De forma nenhuma isso vai nos atrapalhar, a bateria da Grande Rio está pronta!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Incêndio destrói a Cidade do Samba

A menos de um mês para o desfile na Marquês da Sapucaí, as chamas atingem os barracões da Portela, Grande Rio e União da Ilha

 Um grande incêndio destrói pelo menos quatro barracões na Cidade do Samba, na Gamboa, Zona Portuária do Rio, na manhã desta segunda-feira. Uma enorme coluna de fumaça escura de cerca de 500 metros toma conta do céu na região.  O fogo teve início por volta das 7h e se alastra rapidamente, uma vez que muito material inflamável está guardado no local. Pelo menos um funcionário da escola Grande Rio ficou ferido.
Foto: Carlos Eduardo Rodrigues / Agência O Dia

 Grande parte do telhado e paredes já vieram abaixo por conta do fogo.  A situação é bastante complicada no local, uma vez que os Bombeiros parecem não dar conta do incêndio, que se alastra rapidamente.


 Os barracões atingidos são das escolas de samba Portela, Grande Rio e União da Ilha e um outro da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), que funciona como uma espécide de museu do carnaval.

  O artesão Simon Garcia, de 26 anos, que trabalhava no barracão da Grande Rio, ficou ferido. Ele estava dormindo no galpão da escola quando as chamas começaram e se jogou do terceiro andar do prédio para fugir do fogo. O rapaz foi levado para o Hospital Souza Aguiar, onde está internado.


 Há informações de que as chamas destruíram todas as fantasias e carros alegóricos das três agremiações guardados nos galpões, uma vez que quase tudo está pronto para o desfile na Marquês de Sapucaí, nos dias 7 e 8 de março.
Foto: Severino Silva / Agência O Dia

'Não vamos nunca perder a nossa alegria'
 Em entrevista ao programa Bom Dia Brasil, da Rede Globo, o presidente da União da Ilha, Ney Filardes contou que a escola já estava com 98% das alegorias prontas para o desfile, orçado em R$ 5 milhões.   Bastante emocionado e nervoso, Filardes estava sendo medicado numa clínica e disse que haviam pessoas no barracão da agremiação no momento do início do incêndio, mas que parece que ninguém ficou ferido.
 "O carnaval é festa, mas hoje o dia é de tristeza. Peço que as autoridades olhem para as escolas afetadas e nos ajudem a partir de agora. Vamos ver o que podemos fazer. Temos que nos unir em um grande mutirão e recomeçar do zero. É lamentável, não estou em condições de analisar nada neste momento, mas não vamos nunca perder a nossa alegria", lamentou o presidente, com a voz embargada.

  Em 1999, também a um mês do carnaval, a União da Ilha também foi atingida por um incêndio. A escola conseguiu reconstruir o enredo “Barbosa Lima, 102 anos do sobrinho do Brasil”, e desfilar. Naquele ano, a agremiação terminou em décimo lugar.
Foto: Carlos Eduardo Rodrigues / Agência O Dia
 
 Dez viaturas e 80 militares de sete quartéis do Corpo de Bombeiros tentam controlar as chamas. A coluna de fumaça pode ser vista além da Avenida Presidente Vargas e afeta o trajeto dos aviões no Aerporto Santos Dumont, que precisam sofrer um desvio. O trânsito está interditado nas ruas próximas à Cidade do Samba.
 Os carros alegóricos das escolas ficam guardados no primeiro andar dos barracões, enquanto que as fantasias e alegorias ficam no segundo pavimento. No momento do início do fogo, poucas pessoas estavam na Cidade do Samba.

Incêndio no sábado

  No sábado, um incêndio na Rua Equador, nos arredores da Cidade do Samba, destruiu o barracão da escola Alegria da Zona Sul, do grupo de acesso A. De acordo com estimativas da diretoria da agremiação, o prejuízio é de cerca de R$ 250 mil.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Imperatriz vai esbanjar saúde na Avenida

Escola de Ramos aposta em enredo sobre Medicina para tentar quebrar jejum de 10 anos sem título. No desfile, doenças recentes serão mencionadas com humor

 Medicina e Carnaval: uma mistura que parecia improvável deu samba em Ramos, terra da Imperatriz Leopoldinense. Disposta a quebrar o jejum de 10 anos sem títulos, a escola levará para a Avenida o enredo ‘A Imperatriz adverte: Sambar faz bem a saúde’. Primitivos curandeiros, medicamentos genéricos e até as doenças modernas como a ‘gripe suína’ e o ‘mal da vaca louca’ vão desfilar na Verde e Branca. A agremiação de Ramos promete leveza e bom humor.
Foto: Carlo Wrede / Agência O Dia
A escola de Ramos mostrará a medicina através dos tempos de forma lúdica
“Vamos mostrar a medicina através dos tempos, mas com uma visão lúdica. A escola terá luxo, mas muita leveza nas fantasias e alegorias”, revela o carnavalesco Max Lopes, que já no começo do desfile promete causar impacto com a renovação do símbolo da escola. “A coroa está inserida na África, onde homens primitivos começaram a praticar o curandeirismo”.

AImperatriz faz um passeio por antigas civilizações quando homens buscavam cura para doenças: “Teremos três tripés mostrando Índia, Mesopotâmia e China”. No segundo carro, que tem o Egito como tema, a figura do ‘Deus da peste’ promete assustar o público. Com mais de 8 m de altura vai chegar perto das arquibancadas e camarotes.

Para lembrar Hipócrates — grego considero pai da medicina ocidental — a escola trará representação de um templo aos pés do Monte Olimpo, com quase 10 m de altura. “O carro terá elevadores hidráulicos para passar pela torre de TV”.

No setor que abordará a medicina moderna, ‘foliões indesejáveis’, como o mosquito da dengue, cairão no samba. “Num dos carros teremos porco, galinha e vaca para lembrar as doenças da modernidade. Depois vamos mostrar que a dor de amor é a mais difícil de curar”, diverte-se.